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Dalila Carmo apanhada no centro da revolução

A atriz está de férias na América Central e, ironicamente, a maior animação tinha sido – segundo partilhou nas redes sociais – quando o carro não pegou por ter ficado sem bateria. Na altura Dalila Carmo comentou que “diagnosticado o problema”, não se enervou “uma única vez”.

Mas o cenário mudou horas depois. É que a cara da TVI foi apanhada no meio das mais violentas manifestações depois da chegada ao poder do presidente da Nicarágua Daniel Ortega, há 11 anos.

Os protestos tiveram início na passada quarta-feira, na capital do país, Manágua, e em León, alargando-se a outras zonas do país.

A artista, que continua “a amar as pessoas da Nicarágua”, tem feito uma espécie de resumo do que tem visto e vivido bem de perto.

Através de texto e imagem, Dalila garantiu este sábado: “Manágua ontem. A Nicarágua não é um Estado de Direito. As pessoas revoltam-se contra as novas reformas da segurança social e a polícia do governo bem como a juventude sandinista a mando do mesmo, atacam os manifestantes”.

Partilhando vídeos dos protestos e notícias sobre as “violações de direitos humanos” no país, a atriz portuguesa também mostrou o ambiente calmo nalguns pontos do país (“Como se nada fosse”, garantiu).

Mas nem sempre é assim. “A cidade é agora novamente um fantasma. Tempo para os protestos. Estranho que aqui as pessoas tenham um horário para se matarem umas às outras”, ironizou, mostrando os edifícios fechados.

As férias não têm sido fáceis, como se percebe. “O café do lado deu-me um pratinho de comida para não desfalecer até amanhã. A partir desta hora ficamos fechados à chave. Até ao dia seguinte. Todos os canais de tv da Nicarágua estão bloqueados.”

Pelo menos 25 pessoas, entre as quais um jornalista em funções, morreram e mais de 100 pessoas ficaram feridas durante os protestos na Nicarágua contra a reforma da segurança social do Governo de Daniel Ortega. O repórter estava a transmitir em direto para a internet os protestos, feitos por pensionistas e estudantes, quando foi atingido.

“O Governo está totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz, pela estabilidade, pelo trabalho, para que o nosso país não enfrente o terror que estamos a viver neste momento”, afirmou Daniel Ortega na televisão nacional, sem avançar uma data para o início do diálogo.

Entretanto o presidente abandonou as mudanças na Segurança Social para conter a violência no país sendo que Dalila Carmo assegurou, esta terça-feira, que “o país em peso dirige-se para a Universidade da Upoli, onde estão reféns ainda muitos estudantes, para os libertarem”.

Imagens: Instagram