A menos de uma semana para a boda do ano, os noivos Meghan Markle e o príncipe Harry estão nas bocas do mundo e a cidade de Windsor, que vai acolher a oficialização da relação, está a ser preparada ao pormenor para o evento que se avizinha. Dentro do castelo de arquitetura gótica encontra-se a Capela de São Jorge, local eleito para a celebração do casamento real.
A cerca de quinze minutos do aeroporto de Londres e a meia hora do Palácio de Buckingham – sem trânsito e com escolta real – a cidade é tida como histórica, ou não assumisse ela grande importância na vida da rainha Isabel II de Inglaterra. É no Castelo de Windsor, maior castelo ocupado no mundo e uma das residências oficiais britânicas, que a rainha costuma passar o fim-de-semana, além de viver lá em algumas alturas específicas do ano.
A residência real tem várias lojas à volta, que tal como aconteceu na altura em que William e Kate deram o nó, viram no evento uma oportunidade de negócio. As lojas estão repletas de produtos alusivos à cerimónia e na cidade circulam carruagens que atraem os turistas a fazer o caminho que vão percorrer Meghan e Harry.
Segurança ao mais alto nível
A polícia britânica vai ter na rua elementos secretos e outros identificados, em Londres e no sudeste da Inglaterra, com unidades de armas de fogo nas principais estações. Scanners como os que vemos nos aeroportos vão ser instalados e as malas e mochilas vão ser rigorosamente verificadas pela polícia.
O príncipe Harry e Meghan Markle quiseram que o casamento fosse organizado de forma a permitir que o público se sinta parte das celebrações – a Casa Real permitiu 6 mil vagas extras de estacionamento e os serviços de comboio vão ser duplicados – , no entanto, dada a afluência de pessoas que estimam que sejam cerca de 100 mil, a polícia vai fazer tudo para impedir possíveis ataques.
De acordo com a página oficial da Família Real Britânica, mais de 250 membros das Forças Armadas vão participar no casamento do ano, nomeadamente regimentos e unidades que mantêm um relacionamento especial com o príncipe Harry.
Convidados de honra
O Kensington Palace anunciou, em março, que foram 2640 os convidados a entrar no Castelo de Windsor para assistir à chegada dos noivos à capela e à partida para a procissão.
Do rol de convidados fazem parte: 1200 pessoas do público de todos os cantos do Reino Unido, que o casal solicitou que fossem escolhidas de diferentes origens e idades, incluindo jovens que se destacaram pelo apoio às respetivas comunidades em que estão inseridos; 610 membros da comunidade do Castelo de Windsor, entre eles residentes do castelo e membros da comunidade da capela; 530 membros de Famílias Reais e da Coroa Britânica; 200 pessoas de instituições de caridade e organizações com os quais o casal tem uma relação próxima; e, ainda, 100 alunos de duas escolas locais.
Recorde do Guiness
A Busy Buttons, uma empresa sediada em Windsor que oferece aulas de design para crianças, tem um postal de felicitações pronto para Harry e Meghan que quer que seja o cartão de casamento mais longo do mundo.
Para isso, foram para Windsor acumular o máximo número de assinaturas com a intenção de dar o postal aos recém-casados e assim entrar no Guinness Book of Records.
Mais de 162 milhões de espectadores
Espera-se que mais de 162 milhões de telespectadores de todo o mundo assistam ao casamento pela televisão e é por isso que eles estão a construir estúdios temporários para a imprensa estrangeira em Long Walk, no centro de Windsor, para que possam transmitir tudo ao vivo.
Espera-se, em particular, uma audiência americana bem maior do que o habitual, já que naquele dia será uma jovem californiana que se tornará Sua Alteza Real.
Casamento ‘apressado’ teve um propósito
Quando foi anunciada, no final de 2017, a data da boda real: 19 de maio, muitos acharam arriscado preparar um evento desta magnitude em apenas meio ano.
Como confirmado por Kate Nicholl, especialista em realeza inglesa, o único motivo por trás da escolha desse dia é o duque de Edimburgo. “Ele é muito próximo do seu avô”, explicou.
Depois da cirurgia à anca do marido da monarca, em abril, o futuro duque de Sussex só pensou em partilhar este momento com o seu avô Philip, de 92 anos. “Harry achou que seria melhor celebrar o casamento o mais rápido possível para que o seu avô pudesse estar lá, em forma e com boa saúde”, disse a especialista.
História de amor criticada nas redes sociais
O filme ‘A Royal Romance’ estreou na televisão dos EUA a 13 de maio.
E muitos espectadores foram rápidos em ir para o Twitter partilhar as suas opiniões sobre a história de amor de Meghan e Harry, contada pelo canal Lifetime. Pelos comentários, a produção é pirosa, o espírito de Diana é reencarnado num leão durante um safari que Harry faz com o pai e a relação entre Kate Middleton e príncipe William (interpretados por Laura Mitchell e Burgess Abernethy, respectivamente) é muito fria.
O Reino Unido só verá esta segunda-feira, dia 14, o romance de Markle (Parisa Fitz-Henley) e Harry (Murray Fraser) na televisão.
Cozinha já está a preparar boda
A Família Real Britânica mostrou-nos imagens dos preparativos das refeições de 19 de maio. Uma equipa, liderada pelo chef real Mark Flanagan e pelo chef de pastelaria Selwyn Stoby, já trabalha nas cozinhas do Castelo de Windsor.
Os cozinheiros preparam o catering para a receção que acontecerá nos terrenos do castelo após a cerimónia.
O cardápio está repleto dos produtos mais frescos disponíveis e os noivos já fizeram vários testes de degustação, sendo que em março experimentaram cada um dos pratos feitos na cozinha do castelo.
Mark Flanagan disse que muitos dos produtos usados nos pratos, que servirão os 600 convidados presentes na receção, serão entregues por quintas de condados como Kent, que é conhecido como o “jardim” da Inglaterra, e Norfolk.
Os espargos, por exemplo, são originários da quinta de Portwood em Attleborough e da propriedade de Sua Majestade em Windsor.
O chef de pastelaria Selwyn Stoby prepara trufas de chocolate, uma das sobremesas favoritas servidas em receções durante todo o ano no Castelo de Windsor.
Neste campo está a ser auxiliado pela Chef de Partie, Victoria Scupham, e uma equipa profissional de chefs de pastelaria.
Além das trufas, haverá crème brûlée (leite creme), biscoitos com cobertura de panna cotta de manga e macarons amarelos que serão servidos aos convidados no St. George’s Hall.
Cada receita foi experimentada e testada muitas vezes.
Fotos: Redes Sociais
