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Judite Sousa sobre Vítor Gonçalves: “Ele é o meu padre”

Este sábado de tarde estreou na TVI o novo programa de Fátima Lopes, que consiste em entrevistas a caras do canal.

Judite Sousa foi a primeira a estar nesse papel e falou-se de tudo um pouco. Basicamente o título do programa “Conta-me Como És” diz tudo: a jornalista contou como é, na vida e no trabalho, e falou de amigos e colegas.

Patrícia Gallo e Vítor Gonçalves, da RTP, foram alguns dos amigos que começaram por ser colegas e estagiários – respetivamente – de Judite e que fizeram questão de gravar vídeos a revelar como é a pivot.

E foi depois do atual diretor-adjunto de informação da RTP – a quem apelida de “meu padre” – falar que a conversa foi levada para o tema “relações”.

“No plano pessoal sou 100% emoção. No plano profissional sou 100% razão. Quando isso não acontece, sou implacável. Afasto-me”, descreveu-se a própria.

“Na nossa área profissional há uma grande rivalidade, uma grande gestão de egos. Há realmente bons amigos e depois há aqueles que trabalham ao meu lado. São apenas colegas”, continuou a atual diretora-adjunta de informação da TVI.

Vítor Gonçalves é um desses amigos. E foi o seu depoimento (“Ela era muito boa em tudo e isso era uma característica única que ela tinha. Ser uma jornalista extraordinária”) que deixou Judite em lágrimas.

“Emocionei-me porque tenho um grande orgulho nele. Entrou como estagiário, chegou a diretor-adjunto de informação da RTP, ficou com o meu gabinete, a minha secretária e o meu programa [‘Grande Entrevista’]. Eu tenho muito orgulho nele”, explicou.

“O Vítor é brilhante. É o melhor jornalista a fazer entrevistas na televisão”, elogiou a nível profissional, seguindo-se depois o elogio pessoal. “Ele sabe tudo sobre a minha vida. Ele é o meu padre”.

De seguida, a antiga diretora adjunta de informação do canal público recordou um episódio profissional em que essa amizade e confiança ficou ainda mais vincada. Tudo se passou na cimeira da NATO, com uma pergunta inédita de Vítor Gonçalves a Barack Obama [que, tal como qualquer presidente norte-americano, segundo explicou Judite, não costuma responder a questões de jornalistas estrangeiros].

“Estávamos em direto da cimeira da NATO e o meu diretor da altura queria acabar com a ligação para entrar um programa de entretenimento, por causa das audiências. Eu disse que não e mantive o direto, porque o Vítor disse que ia conseguir fazer uma pergunta ao Obama”, contou, o que veio a acontecer. “No final chorámos os dois de alegria”.

Na entrevista falou-se, ainda que brevemente, da morte do filho da profissional.

“Quando o André morreu, vivia no Chiado. Sabia que teria os paparazzi à porta. Liguei à Margarida [Leite, uma amiga] e ela recebeu-me em casa. E foi comigo a Madrid quando fui entrevistar o Ronaldo. Foi com 12 bolas para ele autografar”, recordou, já a rir-se deste último episódio.

Sobre o seu novo livro “Duas ou Três Coisas sobre Mim”, recém-lançado, disse que é “o livro que eu mais me vou expor, deliberadamente”.

Esta que foi a primeira entrevista de “Conta-me Como És” terminou com a entrevistada a trocar o papel com Fátima Lopes. “Posso fazer-te uma pergunta?”, questionou Judite no final.

“Sabes qual é o local do mundo onde pagaria tudo para estar neste momento? Síria. Não vou desistir”, respondeu logo de seguida, provando mais uma vez porque é que é uma das maiores jornalistas do país.

Imagens: Facebook e RTP