A expectativa de vida está a aumentar em todo o mundo – as pessoas que nasceram em 2016 vão viver, em média, mais 7 anos do que as que nasceram há 25 anos. E agora, com base em dados de um estudo global, já é possível calcular quantos anos nos restam de vida.
A BBC desenvolveu uma calculadora online que permite saber qual é a expectativa de vida para as pessoas em função da idade, do país e do género, bem como quanto tempo de vida com boa saúde ainda lhes resta.
A calculadora tem por base os dados do estudo da carga global da doença (Global Burden of Disease) que recolheu informações mundiais sobre factores de saúde e de riscos de morte e de incapacidade.
Realizado pela Organização Mundial da Saúde, o Global Burden Disease analisa os efeitos sobre a saúde de mais de cem doenças em oito regiões do mundo, calculando a expectativa de vida a partir das taxas de mortalidade em diferentes faixas etárias.
O país com a maior expectativa de vida é o Japão, com uma média de 89 anos, enquanto a República Centro-Africana é onde há uma menor esperança média de vida, com 67 anos.
Em Portugal, a esperança média de vida situava-se em 2016, o último ano a que reportam os dados do Global Burden Disease, nos 84 anos para as mulheres e nos 79 anos para os homens.
No ranking do estudo, e relativamente ao nosso país, como maiores factores de risco de morte e de incapacidade surgem o consumo de álcool e drogas, os hábitos alimentares, a hipertensão e o tabaco.
A doença cardíaca isquémica e a doença cardiovascular estão entre os factores que causam mais mortes no país, seguidos da doença de Alzheimer, segundo o estudo.
“Em 2015, as doenças cardiovasculares e vasculares cerebrais foram responsáveis por quase 30% das mortes ocorridas em Portugal, com um acréscimo de 0,5% relativamente a 2014, que nos deve obrigar a meditar”, constata, a propósito dos resultados do estudo, o coordenador do Núcleo de Estudos de Risco e Prevenção Cardiovascular (NERPC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Pedro Marques da Silva, em declarações divulgadas pelo Diário da Saúde.
“Cerca de 41% do total de anos de vida saudável perdidos por morte prematura poderiam ter sido evitados se fossem suprimidos os principais factores de risco modificáveis”, acrescenta o coordenador do NERPC.