A entrevista foi feita no ‘Alta Definição’ e será transmitida na SIC este sábado, às 14h00, precisamente no fim de semana do Dia da Mãe.
“Neste momento o meu filho dorme comigo, tem uma cama ao lado da nossa, de mão dada para adormecer… Não quer deixar a mãe fugir…”, contou Rebeca a Daniel Oliveira. “E acorda três vezes ou quatro: ‘Estás bem, mãe?'”
É que o filho da cantora, Robim, de oito anos, acompanhou a par e passo todas as fases da doença da mãe.
A artista descobriu o nódulo na mama cinco meses depois de ter feito uma mamografia que não tinha acusado qualquer anomalia.
“Será que eu vou estar cá 3 anos? Será que vou conseguir 5? Será que vou ver o meu filho crescer? Será que vou ver o meu filho casar?”, pergunta-se a si própria.
“A minha cabeça não pára durante 24 horas, por isso é que eu quero fazer tudo neste momento. Eu tenho vontade de fazer tudo e mais alguma coisa. Eu quero ir de férias, eu quero cantar, eu quero dançar, quero tudo. E se calhar não quero nada. Não sei”.
A intérprete de ‘O Meu Nome é Rebeca’ recebeu o diagnóstico de cancro da mama em 2017. Tinha 38 anos.
Voltava a enfrentar assim a doença, exatamente oito anos depois de ter vencido um cancro na tiróide.
Desde então, Rebeca tem feito tratamentos de quimioterapia e, desde o início de abril, começou também a radioterapia.
“Fiz a primeira quimio. Uma semana depois já estava a ficar sem cabelo”, recordou a Daniel Oliveira. “A minha mãe ficou com uma madeixa na mão. Começamos logo a aperceber que estava a cair. Era cabelo por todo o lado. Não tinha lógica estar na minha cabeça”, disse, referindo-se ao momento em que decidiu rapar o cabelo.
“Quando estou a fazer quimioterapia, costumo dizer que nós somos tão iguais umas às outras. A minha cara é igual à da outra, a outra é igual à da outra… Nós somos uma! A minha cara é a de todas as mulheres que estão com cancro de mama!”.
Imagens: SIC