Domingo, 24 de Junho de 2018, certamente não vai ser mais esquecido na história da Arábia Saudita, principalmente no seio feminino. É que a partir desta data todas as mulheres vão poder conduzir livremente no país.
A partir da meia noite local (22h00 em Portugal) deste domingo, fez-se história. A Arábia Saudita terminou com a lei ultraconservadora, que proibia as mulheres de irem ao volante, sendo o único país onde a condução de automóveis era exclusivamente destinada aos homens.
Poucos minutos depois da meia noite muitas mulheres se juntaram nas estradas e aproveitaram para conduzir finalmente um carro. O final desta interdição foi celebrado de forma efusiva por parte das ‘novas’ condutoras sauditas, que deram as suas primeiras ‘voltas’ sozinhas e… receberam flores por parte dos polícias.
MABROOK: Police officer giving roses to new drivers after #SaudiArabia lifts ban on women driving.#SaudiWomenDriving #WhatChangedhttps://t.co/xzWYfweKMJ pic.twitter.com/wR4zmUsvcH
— Arab News (@arabnews) 23 de junho de 2018
A medida foi lançada em setembro do ano passado, através de um decreto real do rei Salman, mas não foi implementada de imediato, uma vez que não estavam reunidas as condições necessárias para ensinar as sauditas a conduzirem, nem para emitir licenças.
Desde então, as mulheres têm vindo a estudar o código da estrada e a ter aulas de condução. Tendo apenas no inicio deste mês de junho, saído as primeiras licenças para elas.
Esta medida entra no programa Vision 2030, integrada pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman e tem como objetivo diversificar a economia da Arábia Saudita assim como desenvolver vários setores públicos do país, como o da saúde, educação, infraestrutura e turismo, levando a um plano de modernização.
“It’s our moment,’ says businesswoman Hind Alzahid as #Saudi Arabia lifts driving ban. https://t.co/VzMhrMeKGo #SaudiWomenDriving #WhatChanged pic.twitter.com/6hQXvznc9j
— Arab News (@arabnews) 23 de junho de 2018
Inicialmente a medida está a ser encarada pela sociedade como uma nova era. Contudo muitas mulheres têm reclamado do alto custo de aulas e também da falta de instrutores.
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