Numa monarquia como a que Isabel II lidera tudo é pensado ao mais ínfimo pormenor para que nada falhe. Por isso, ministros do governo britânico reuniram-se pela primeira vez, na passada quinta-feira, para ensaiar o plano de reação à morte da rainha Isabel II de Inglaterra.
Segundo o jornal “The Sunday Times”, esta preparação do plano de reação à morte de Sua Majestade, que recebeu o nome de código “London Bridge” (”Ponte de Londres”, em português), foi presidida por David Lidington, adjunto da primeira-ministra, Theresa May e contou com a participação de vários ministros.
A publicação adianta ainda que esta ação, que decorreu na avenida Whitehall, tida como a sede do governo britânico, foi feita numa escala “sem precedentes”. A principal discussão, onde também marcaram presença elementos das autoridades britânicas, foi principalmente sobre dia seguinte à morte da rainha Isabel II, o chamado “D+1”, e a comunicação da notícia ao país por parte da primeira-ministra.
Dez dias de luto nacional e a visita do príncipe Carlos, herdeiro do trono, à Escócia e ao País de Gales, logo após a morte da mãe, para “mostrar que são uma parte integrante do reino”, são duas medidas apontadas no caso da morte da rainha. Em relação ao luto, os primeiros nove dias vão ser de de procissões e no décimo dia o sino do Big Ben é tocado às nove da manhã. Duas horas depois, o funeral vai ter início, na Abadia de Westminster.
Várias fontes indicam que o plano de ação a ser seguido no caso da rainha morrer, está a ser preparado pelas autoridades britânicas há vários anos e está em atualização “permanente”. No entanto, “esta é a primeira vez que diferentes ministros se juntam numa sala. Anteriormente, eram apenas funcionários”.
O funeral da monarca vai ser o primeiro funeral de Estado na Grã-Bretanha em 53 anos. O último aconteceu em 1965 e foi em honra do primeiro-ministro Winston Churchill, a quem a rainha concedeu um funeral do género.