O que as mães consomem tem impacto nos hábitos saudáveis ou não dos filhos. Quem o diz é um estudo feito por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que sugere que a obesidade não é uma realidade para filhos de mães que apreciam e seguem um estilo de vida saudável.
De acordo com a análise, as crianças têm uma possibilidade 75% menor de se tornarem obesas, na infância ou na adolescência, quando as mães mantêm, nesse período, o seguinte conjunto de cinco hábitos: manter o peso controlado, ter uma alimentação saudável, fazer exercício físico regularmente, consumir álcool com moderação e não fumar.
O estudo foi publicado na revista científica ‘The BMJ’ e revela que cada um dos bons hábitos da mãe reduz os riscos de obesidade dos filhos e, como é óbvio, os riscos caem a pique quando a mãe segue os cinco.
“O nosso estudo foi o primeiro a demonstrar que para reduzir o risco de obesidade nas crianças um estilo de vida integralmente saudável das mães é mais importante do que ter algum desses hábitos saudáveis de forma isolada”, reconheceu Qi Sun, o principal autor do estudo, do Departamento de Nutrição da Universidade Harvard.
De forma a estudar a associação entre o estilo de vida das mães e o risco de obesidade nos filhos, os investigadores analisaram dados de dois grandes estudos feitos nos Estados Unidos, que acompanharam, durante 5 anos, cerca de 17 mil mulheres e os seus mais de 24 mil filhos – crianças e adolescentes com idades entre 9 e 18 anos.
Identificar os fatores de risco é essencial para prevenir a obesidade infantil, uma doença grave e problemática já que “está associada ao aumento dos riscos de vários distúrbios, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e morte prematura na idade adulta”, como explica Qi Sun.
Segundo o estudo da universidade americana, 5,3% das crianças e adolescentes envolvidos – o equivalente a 1.282 – desenvolveram obesidade no período de análise. De acordo com os investigadores, o excesso de peso da mãe e o tabagismo foram os fatores que mais influenciaram a obesidade das crianças.
Já aqueles cujas mães mantiveram um peso saudável tiveram um risco de obesidade 56% menor em relação às crianças cujas mães estavam com sobrepeso ou eram obesas. Os filhos de mulheres não fumadoras apresentavam um risco de obesidade 31% menor em comparação aos filhos de fumadoras.
Agora tem um novo motivo para adotar um estilo de vida saudável.