As notícias falsas, também conhecidas como fake news, facilmente se propagam na internet. Além de fazer com que as pessoas desconfiem dos meios de comunicação, este tipo de informação causa confusão.
Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, analisou informações no Twitter para ver o que tem mais força, se as notícias falsas ou as reais. Descobriram que as fake news atingem muito mais pessoas espalhando-se muito mais rápido do que as informações verdadeiras.
O que faz com que as pessoas sejam vulneráveis ao conteúdo enganoso?
Uma nova pesquisa, apresentada na convenção anual da Associação Americana de Psicologia e publicado na revista Science, explica o que está por trás das tão apelativas notícias falsas.
Essa predisposição é conhecida pela ciência como ‘viés de confirmação’, a tendência cerebral do ser humano em aceitar com facilidade informações que confirmem crenças pré-existentes e repelir ou ignorar as que desafiam as suas opiniões.
Eve Whitmore, psicólogo do desenvolvimento da Western Reserve Psychological Associates, em Ohio, explica que esse viés é formado no início da vida, quando a criança aprende a distinguir entre a fantasia e realidade. Durante a infância, os pais incentivam as crianças a acreditar em “brincadeiras” por as ajudar a lidar com a realidade e a assimilar as normas sociais. No entanto, a desvantagem é que elas aprendem que a fantasia às vezes é aceitável.
À medida que crescem desenvolvem habilidades de pensamento crítico, que as incitam a questionar figuras de autoridade, incluindo os próprios pais. O pensamento crítico provoca questões que podem levar a conflitos internos que causam desconforto psicológico.
Os especialistas apontam que essas estratégias desenvolvidas pelo cérebro tornam as pessoas mais vulneráveis a notícias falsas na vida adulta.