Pessoas que sofrem de stress prolongado e tiram menos tempo de folgas do trabalho durante o ano apresentam maior risco de morte prematura, alerta um estudo publicado no Journal of Nutrition, Health & Aging.
Um problema causado por não se gozar férias ou folgas, o que vai diminuir a qualidade de sono, que pode prejudicar a memória, provocar aumento e sentimentos de solidão, fatores que colocam em risco a saúde física e mental.
Não adianta manter uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável. Segundo Timo Strandberg, co-autor da pesquisa, hábitos saudáveis não são suficientes para compensar rotinas de trabalho intensas e recusas em tirar folgas ao longo do ano.
Os resultados do estudo mostraram que o stress foi uma das causas de morte prematura entre os participantes.
A equipa de cientistas da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, examinou dados de 1.222 empresários finlandeses ao longo de quatro décadas. Os homens, nascidos entre 1919 e 1934, eram de meia idade na época da realização do recrutamento. Todos tinham pelo menos um fator de risco para doença cardiovascular como intolerância à glicose, excesso de peso, pressão alta, colesterol alto, tabagismo ou níveis de gordura no sangue elevados (triglicerídeos).
Foram colocados aleatoriamente num grupo de intervenção (612) ou num grupo de controle (610) e acompanhados durante cinco anos. O primeiro grupo recebeu recomendações de quatro em quatro meses para realizar atividades físicas, atingir a meta de peso ideal, manter uma dieta saudável e parar de fumar. Quando os conselhos não eram eficazes, receberam medicação para reduzir a pressão arterial e os lipídios. O segundo grupo recebeu cuidados de saúde habituais e não teve um contato especial com os cientistas.
No final do estudo foi notado que o risco de problemas cardiovasculares caiu 46% no grupo de intervenção. Apesar disso, ocorreram mais mortes nesse grupo durante os 15 anos de acompanhamento. O estudo também descobriu que por tirarem menos de três semanas de folga do trabalho por ano, tinham 37% mais de chances de morte prematura ao longo dos 30 anos seguintes. Já no grupo de controle, o risco de morte permaneceu o mesmo.
A longevidade no segundo grupo pode ser explicada pelo fator stress, provocado pela necessidade de manter um estilo de vida saudável, mas não alcançar essa meta. “Um homem de negócios com alto status na sociedade vai ao médico e o médico diz que ele deve reduzir o peso e parar de fumar, se ele não pode, fica stressado”, exemplificou Timo Strandberg ao The Telegraph. Por esse motivo, a equipa de cientistas aconselha os médicos a prescreverem férias aos pacientes vulneráveis ao stress ligado à incapacidade de manter hábitos saudáveis.
É importante as pessoas aprenderem a relaxar e a evitar o stress.