Saúde & bem-estar

Inovação muda vida de doentes com Esclerose Múltipla

Novo fármaco para a Esclerose Múltipla disponível em Portugal

A Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de cuidados especializados da Sanofi, anuncia que o medicamento inovador Alemtuzumab para a esclerose múltipla, já está disponível para os profissionais de saúde e os doentes em Portugal.

O novo fármaco está indicado para o tratamento da esclerose múltipla (EM) forma Surto-Remissão com doença ativa. O Alemtuzumab demonstrou eficácia em doentes que não responderam a outros fármacos disponíveis e também em casos particularmente agressivos da doença.

“Tendo em conta as características da patologia que afeta maioritariamente pessoas em idade ativa, este fármaco vem trazer uma nova esperança aos portadores de esclerose múltipla, às suas famílias e à sociedade em geral. É nosso objetivo investir em inovação que responda a necessidades médicas não satisfeitas para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirma Francisco del Val, Diretor Geral da Sanofi Portugal e General Manager para a Sanofi Genzyme.

A Dr.ª Lívia de Sousa, neurologista do CHUC, mostra-se entusiasmada com a disponibilização do novo fármaco aos doentes portugueses. O “alemtuzumab tem mostrado ser eficaz em casos particularmente agressivos de EM que não responderam a fármacos já disponíveis no mercado português. O carácter heterogéneo da doença faz com que seja imperioso termos várias opções terapêuticas para que cada um dos casos, dependo do estádio e da agressividade da doença, venha a beneficiar com a medicação mais ajustada à sua condição. Assim ficamos bastante satisfeitos com a disponibilização de um medicamento inovador que pode trazer grandes benefícios aos doentes”.

Sobre a Esclerose Múltipla
A EM é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma doença que surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afeta com maior incidência as mulheres do que os homens.
Esta patologia é diagnosticada a partir de uma combinação de sintomas e da evolução que a doença apresenta na pessoa afetada, com recurso a exames clínicos/exames complementares de diagnóstico (Ressonância Magnética Nuclear, Estudo de Potenciais Evocados e Punção Lombar).
É muito importante tratar a EM desde os primeiros sintomas, enquanto ainda é possível conter, ou até mesmo em alguns casos, reverter a progressão da incapacidade consequente da doença.
Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 8.000 (Gisela Kobelt, 2009).1

Sobre o Alemtuzumab
O Alemtuzumab foi aprovado em mais de 60 países, com pedidos de comercialização adicionais mediante revisão pelas autoridades reguladoras a nível global. O Alemtuzumab é apoiado por um abrangente e completo programa de desenvolvimento clínico que envolveu cerca de 1.500 doentes em todo o mundo. No geral, já foram tratados mais de 16.0002 doentes com Alemtuzumab comercializado a nível mundial.
O alemtuzumab é um anticorpo monoclonal que se liga ao recetor CD52, uma proteína abundante nos linfócitos T e B. Julga-se que os linfócitos T e B circulantes são responsáveis pela degradação do processo inflamatório na EM. O Alemtuzumab reduz os linfócitos T e B depois de cada ciclo de tratamento. As contagens de linfócitos aumentam depois ao longo do tempo, com uma reconstituição da população de linfócitos que varia para os diferentes subtipos de linfócitos.
O Alemtuzumab é indicado para doentes adultos com esclerose múltipla Surto-Remissão (EMSR) com doença ativa definida por critérios clínicos ou imagiológicos.
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