Francisco d’Eça Leal, filho do artista plástico Paulo Guilherme d’Eça Leal, era aos 21 anos, detentor de uma pequena fortuna: mais de 500 mil euros em dinheiro, quatro apartamentos num dos bairros mais caros de Lisboa, Campo de Ourique, além do recheio das casas e do vasto espólio artístico do pai (trabalhos de pintura, escultura, gravuras, ilustrações).
Antes de morrer, o pai, garantiu o futuro do filho mais novo que corria risco de ficar paraplégico, depois de se ter atirado de uma janela do hospital Júlio de Matos. Francisco ainda tem problemas de esquizofrenia.
Hoje vive sozinho em Campo de Ourique, o único bem que lhe resta, com o apoio da mãe e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
No primeiro episódio de “Vidas Suspensas”, que regressa à SIC esta segunda-feira (16), a jornalista Sofia Pinto Coelho explica como Francisco, em três anos de casamento com Elisabete Rodrigues (o verdadeiro nome de Maria Leal), vinte anos mais velha do que ele, terá visto desaparecer a herança avaliada em mais de 1 milhão de euros.
“Fui pateta, um jovem pateta…, fiquei cego por causa do amor”, afirma Francisco, num comunicado que o gabinete de comunicação da estação de Carnaxide fez chegar às redações.
“Na altura, não queria acabar a nossa relação, então fazia tudo o que ela me pedia para fazer”, justifica Francisco que acusa a ex-mulher de o ter deixado na miséria.
“Cortei relações com os meus amigos e com a minha mãe. Ela dizia que se ia embora se eu não fizesse o que ela queria, que iria ficar entregue à minha mãe e que depois a minha mãe me ia tirar tudo”, revela o ainda marido de Maria Leal a Sofia Pinto Coelho.
Francisco apresentou queixa-crime contra a mulher, a par de um processo de divórcio que ainda decorre. O rapaz acusa Maria Leal de se ter aproveitado da sua situação de dependência e de fragilidade emocional para “vender ao desbarato” o seu património.