A artista que era considerada a melhor soprano do século 20 e uma das últimas grandes divas da ópera, morreu este sábado de madrugada, aos 85 anos, no Hospital de Sant Pau de Barcelona, Espanha.
O funeral de Montserrat Caballé, vai acontecer na segunda-feira, às 12 horas (11 horas em Portugal continental), no cemitério de Barcelona.
Estava retirada do mundo artístico há vários anos devido a problemas de saúde. Em outubro de 2012, sofreu um acidente vascular cerebral durante uma atuação na Rússia. Ao cair inconsciente, fraturou o úmero. A saúde não foi a única preocupação que sofreu nos últimos anos da sua vida. Em dezembro de 2015, foi condenada a seis meses de prisão, que não cumpriu, e a pagar uma multa de quase 250 mil euros por evasão fiscal.
Nascida numa família modesta a 12 de abril de 1933 em Barcelona, Maria de Montserrat Caballé Viviana Concepción i Folch entrou para o “Conservatori Superior de Música del Liceu”, em Barcelona, aos 11 anos, e debutou na Ópera de Bâle em 1956, com “La Boheme”, de Giacomo Puccini.
A soprano, cuja arte de “pianíssimo” era lendária, tal como a sua potência vocal, cantava tão bem Rossini, Bellini e Donizetti como Mozart ou Dvorak.
A catalã fez várias digressões pelo mundo, muitas vezes com a sua amiga, a cantora Marilyn Horne. Gravou um álbum com o cantor dos Queen Freddie Mercury, cuja canção “Barcelona” tinha sido escolhida como hino dos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992.
A cantora teve uma filha, Montserrat Martí, a 15 de novembro de 1972, fruto do casamento com o tenor espanhol Bernabé Martí, em 1964. Às vezes cantava com a sua filha, também ela uma soprano.
