A estação de Queluz de Baixo pediu, esta sexta-feira, a presença da Polícia Judiciaria nas suas instalações para identificar o profissional que partilhou as imagens da discussão de Judite Sousa com o repórter de imagem que a acompanhava em reportagem no Brasil.
A acesa discussão da jornalista da TVI com o colega foi divulgada em primeira mão pelo CM, sendo depois amplamente divulgada por outros meios de comunicação.
Nas imagens é possível ver Judite zangada por não conseguir abrir os olhos, a poucos instantes de entrar em direto. “Não estou a fazer birra, não consigo abrir os olhos… Tenho de fazer um direto num sítio em que consiga abrir os olhos, nem que seja na casa de banho”, afirma. Depois, quando o colega lhe dá a entender não existir outra solução, considerando mencionar o caso à TVI, eleva o tom: “Não voltas a fazer isso. Quem manda aqui sou eu! Quem manda na equipa sou eu, não é Lisboa. Tens de fazer aquilo que eu quero que tu faças e não é Lisboa que decide”.
Segundo a revista ‘Nova Gente’, tal situação motivou que a Direção de Informação da TVI, em conjunto com a Direção de Recursos Humanos e o Departamento Jurídico tenham solicitado a presença da Polícia Judiciária nas instalações do canal para identificarem aquilo que entendem ser um ato criminoso, o “roubo” das imagens.
Judite Sousa reagiu ainda ontem nas redes sociais à situação: “Considerando a gravidade de terem sido «roubadas » imagens de uma conversa de trabalho normal entre uma jornalista e um repórter de imagem sobre o melhor local para se efetuar um direto ( algo que não teria qualquer importância se a jornalista em questão não fosse a Judite Sousa-vá-se lá saber porquê), gostaria que soubessem por mim que tenho um problema de visão a que os oftalmologistas chamam « fotofobia ». Decorre dos níveis de vitamina A que se refletem na retina. Nestes casos, a exposição ocular à luz torna-se muito difícil. Por vezes, mesmo impossível. E agora, fiquem em paz”.