A morte de Karl Lagerfeld, na terça-feira passada, deixou de luto o mundo da moda. Com mais de 60 anos na indústria, despede-se do mundo que o transformou num dos designers mais influentes da segunda metade do século XX.
Apelidado de “Kaiser” da moda, o designer conseguiu criar um império com a Chanel e vestiu inúmeras celebridades, chegando à realeza, especialmente por Carolina do Mónaco, Mary da Dinamarca ou Victoria da Suécia, entre outras que vestem as suas criações.
Outra princesa mítica que usou peças de Lagerfeld, foi Lady Di. Mas um dia, a mãe de William e Harry, ícone e modelo a seguir, escolheu deixar de usar Chanel, não porque não gostasse das roupas requintadas, mas porque lhe traziam más memórias de Camilla Parker e do príncipe Charles.
Em 1994, a noite em que Lady Di apareceria com o famoso “vestido da vingança”, o príncipe Charles anunciava que sempre amara Camilla. Todas as manchetes se concentravam em Diana e no espetacular e exclusivo vestido de Christina Stambolian, de seda preta e com um dos decotes mais sensuais que a princesa usou.
O mal estava feito e em 1996, quando finalmente se separou do príncipe, Diana decidiu nunca mais usar uma peça Chanel.
Foi a própria princesa do povo que contou o motivo dessa decisão ao estilista australiano Jayson Brunsdon, que propôs sapatos Chanel para completar um look. “Eu não quero usar esse C duplo, isso lembra-me muito Carlos e Camilla”, explicou Diana, referindo-se ao logotipo da empresa.
Esta não foi a primeira vez que se percebeu o desafeto da princesa pela marca. Durante o seu casamento com Carlos, Diana percebeu que o príncipe ia usar botões de punho dourados com C’s interligados gravados, o que interpretou como sendo uma referência a Carlos e Camilla. Este momento está registado num excerto do livro ‘The Duchess: The Untold Story’, de Penny Junor.
Aparentemente, usar o logotipo duplo C, seria uma lembrança tortuosa e constante de que o seu casamento falhou por causa das infidelidades do marido com a agora duquesa da Cornualha.
