Se finalmente houver novas eleições na Venezuela, como afirma a comunidade internacional, Fabiana Rosales poderá tornar-se a próxima primeira-dama da Venezuela.
A imprensa venezuelana já a apelidou de “a mais linda primeira-dama” da sua história.
Fabiana Rosales, de 26 anos, é casada há 9 com Juan Guaidó, de 35, o homem que o Parlamento Europeu reconheceu, esta quinta-feira, como presidente interino da Venezuela.
Para além disso, é jornalista, influenciadora, ativista dos Direitos Humanos e há oito anos que faz parte do Voluntad Popular – um partido político de centro-esquerda social-democrata.
Com mais de 210 mil seguidores no Instagram, Rosales revoluciona as redes sociais com as suas mensagens a favor da luta pelos direitos do povo venezuelano. A jornalista pede apoio à causa do marido e dos venezuelanos contra o regime de Nicolás Maduro.
Fabiana Rosales nasceu no estado de Mérida (Venezuela) e foi criada numa pequena cidade, onde era acólita da igreja local. Formou-se em Jornalismo e Comunicação Social em 2013 pela Universidade Rafael Belloso Chabín.
Filha de Carlos Rosales Belandria, agricultor, e da jornalista Elsy Guerrero, é a mais nova de dois irmãos. Estudou também balé, dança, modelagem e teatro.
Mudou-se para Caracas depois de se formar. Trabalhou na Assembleia Nacional, como repórter na Globovisión e em inúmeras ações de apoio aos direitos humanos.
Sobre a sua profissão, comentou publicamente que “ser jornalista em tempos de ditadura, onde dizer a verdade ou pensar diferente é um crime, não é fácil, mas ser jornalista e saber que estamos do lado certo da história para conseguir uma melhor Venezuela, é tão gratificante que afugenta todos os medos”.
Rosales é apresentada como uma mulher simples, sem imposturas. Transformou as suas redes sociais na melhor plataforma de suporte público ao marido, onde gosta de partilhar fotos de família com o marido e a filha, Miranda Eugenia, que completa 2 anos no dia 17 de maio.
Posicionou-se involuntariamente na linha de frente da política internacional e tem-se direcionado nos últimos tempos às mães, esposas e filhas dos militares, tentando que as famílias influenciem as forças armadas a não fazerem parte da repressão. “Está na hora, não haverá mais tarde, é agora. Eles têm que exaltar esse uniforme, não pode ser que um distintivo e uma arma neste país causem terror”, disse numa das suas mensagens.
A mulher de Juan Guaidó não se vê como uma combatente “porque não vejo a vida como um confronto, mas como um desafio. Eu não quero brigar com ninguém. Eu quero apoiar, contribuir e oferecer soluções. Estou aqui para servir. E eu sei muito bem com quem sou casada. Juan trabalhava numa empresa onde ganhava um bom salário. Ele deixou o emprego para distribuir panfletos, para protestar e para combater a repressão. O meu marido é loucamente apaixonado por este país. E as pessoas apaixonadas não brigam, nós nos abraçamos”.
A beleza da jovem ‘candidata’ a primeira-dama é muitas vezes mencionada no país detentor de 13 misses, entre Miss Mundo e Miss Universo. Um povo que valoriza a beleza feminina e que nem as dificuldades são um impedimento para deixarem de lado a vaidade de que se orgulham. De acordo com as próprias participantes dos concursos de beleza, há uma escassez de tudo, principalmente de produtos de beleza, sendo obrigadas a procurar no YouTube tutoriais sobre como fazer desodorizante caseiro.
À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Residem na antiga colónia espanhola cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.
Simples, disciplinado, pragmático e pouco dado à retórica, Juan Guaidó é a esperança de milhões de venezuelanos.
Este sábado, 2 de fevereiro, as forças que apoiam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e as da oposição, vão regressar às ruas de Caracas em duas marchas distintas.