A chef Marlene Vieira foi a vencedora do concurso “A Melhor Patanisca Lisboeta”, revelado terça-feira, no Festival Peixe em Lisboa
Marlene Vieira arrecadou o prémio da “Melhor Patanisca Lisboeta” no Festival “Peixe em Lisboa”, que decorre entre os dias 4 e 14 de abril no Pavilhão Carlos Lopes, na capital.
Dos nove restaurantes finalistas – entre os quais a Taberna da Rua das Flores, Casa da Comida, Panorama (Hotel Sheraton), D’ Bacalhau (vencedor no ano passado), Casa do Bacalhau ou Sem Dúvida -, a patanisca de Marlene Vieira foi a que mais se destacou pela qualidade.
Nas características que contribuíram para a sua distinção nesta iguaria lisboeta, estão a crocância, pouca gordura e equilíbrio da massa.
Numa prova cega, esses argumentos e o sabor convenceram o júri, composto por autoridades do mundo gastronómico como Maria de Lurdes Modesto ou Virgílio Nogueiro Gomes.
A patanisca lisboeta, petisco que era servido em restaurantes e tascas da cidade, tem um conjunto de preceitos para ser bem feita. Os ingredientes são sempre os mesmos: ovo, farinha, água, sal, salsa e pimenta – e bacalhau, claro -, que na tradição familiar de Marlene, era fininho, porque em casa da sua avó minhota, não havia postas altas. Além de rabos de bacalhau desfiados, a receita leva cebola picada, alho picado, salsa picada, sal e pimenta preta moída, farinha, ovos e água. E as pataniscas são fritas em azeite.
Fortemente reconhecida pela sua ligação à doçaria – com obra publicada sobre o tema, com um episódio emitido na série da RTP, “A História da Gastronomia Portuguesa”, e com um livro sobre sobremesas a ser publicado em junho, com o jornal Expresso – Marlene Vieira prova que tem a mesma mão para toda a gastronomia portuguesa.
