A atriz, de 40 anos, esteve esta manhã no “O Programa da Cristina”, na SIC, para falar sobre o distúrbio nos ossos, que lhe foi diagnosticado quando tinha 30 anos.
Os sintomas começaram com muitas dores nos dedos, alastrou-se para os pulsos, e os médicos chegaram a pensar que seria Síndrome do túnel do carpo.
“Quando me apareceram os primeiros sintomas estava a fazer uma novela aqui na SIC, e a profissão da minha personagem era empregada de mesa. Tinha que pegar em tabuleiros, copos e travessas…”, começou por contar a atriz.
“Aquilo começou a ser mesmo, já a minha cabeça começou a não estar bem, nem eu comigo, porque não conseguia saber o que é que era e tinha mesmo muita dificuldade…E disfarçar? Eu não conseguia, eu não conseguia viver com esta coisa de tenho que disfarçar… ninguém pode perceber, os câmaras não podem perceber, a produção… tinha medo de ser despedida ‘porque ela agora está doente’. Foi muito complicado”, revelou.
Alda Gomes não conseguiu conter a emoção quando recordou no que pensou na altura em que recebeu o diagnóstico de que tinha artrite reumatóide, uma doença que não tem cura: “Dizem-me que os meus ossos se estão a destruir a pouco e pouco (…) chorei mais a pensar no meu futuro enquanto atriz, enquanto pudesse continuar a trabalhar em televisão, cinema, teatro e conseguir ter força e manter-me uma mulher bonita…”.
Adaptada ao seu atual estado de saúde, a atriz diz ter-se emocionado “ao pensar no passado, eu aceito isto tão bem agora”, explicando que a doença “está estável” e que faz uma vida normal, mas “ao recordar tanta peripécia, tanta ginástica para disfarçar”, custou-lhe “um bocadinho”.
A artrite reumatoide é uma doença autoimune que atinge 3 vezes mais mulheres do que homens. Segundo o Instituto Português de Reumatologia (IPR), estima-se que a Artrite Reumatoide (AR) afete cerca de 50 a 60 mil portugueses.
As suas causas são ainda desconhecidas. Por se tratar de uma doença autoimune, sabe-se, à partida, que algo não funciona devidamente no sistema imunitário do doente.