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Assassina do pequeno Gabriel foi condenada a prisão perpétua

Depois de ter sido declarada culpada, Ana Julia Quezada foi condenada a prisão perpétua pela morte de Gabriel Cruz, de oito anos, filho do seu namorado, na altura. É a primeira mulher a ter esta pena em Espanha.

Nesse sentido, a magistrada-presidente, Alejandra Dodero, explicou que a imposição dessa penalidade máxima se deve ao caso que se baseia na forma criminal, surpresa, inesperado e o relacionamento de confiança que existia entre a acusada e o menor.

A dominicana, de 45 anos, que matou o filho do companheiro em fevereiro de 2018, torna-se assim na primeira mulher a ter esta pena, depois de ser considerada culpada de assassinar, com maldade a criança e foi, esta segunda-feira, considerada autora de assassinato “com a circunstância agravante de parentesco”.

O Tribunal Provincial de Almeria condenou ainda Ana Julia Quezada por dois delitos de lesões psicológicas aos pais da criança: três anos pelo pai, Ángel Cruz, e dois anos e nove meses pela mãe, Patricia Ramirez.

Em responsabilidade civil, a sentença exige que Ana Julia terá também de pagar uma indemnização de 250 mil euros por danos morais a cada um dos pais e ainda cerca de 200 euros pelas despesas que o Estado teve quando decorreram as buscas pela vítima.

A madrasta do pequeno Gabriel, fica ainda proibida de, nos próximos 30 anos, residir no município de Níjar, onde moram os pais de Gabriel, além de não se poder aproximar dos mesmos — tem de estar a uma distância mínima de 500 metros.

O tribunal refere que, no dia 23 fevereiro de 2018, Gabriel tinha saído de casa da avó, onde passava férias com o pai e com a madrasta, para ir brincar com os primos, quando foi intercetado por Ana Julia Quezada. A madrasta convenceu-o a entrar no carro com ela, levando-o para uma quinta, num local “remoto e desabitado”, onde o asfixiou até à morte com as próprias mãos.

Enterrou o corpo da menino e durante onze dias, fingiu não saber do seu paradeiro, participando nas buscas.

No dia 3 de março, para “desviar as atenções” e levantar suspeitas sobre o pai de Gabriel, colocou uma camisa da criança nuns arbustos de difícil acesso, destacou ainda o tribunal.

A mulher foi apanhada em flagrante no dia 13 de março, com o cadáver da criança no porta-bagagens do seu carro.