O cantor de 67 anos morreu este domingo, 15 de setembro, vítima de um melanoma numa perna, diagnosticado há mais de dois anos, que deu origem a metástases nos olhos e na coluna.
A morte de Roberto Leal deixou todos em choque, apesar de ser do domínio público a doença que ele ia levando com valentia, nunca deixando de trabalhar, até à passada segunda-feira, altura em que foi internado no Hospital Samaritano em São Paulo, onde acabou por falecer.
Multiplicaram-se as homenagens públicas de quem o conheceu, como foi o caso do humorista Bruno Nogueira. Os dois passaram momentos hilariantes no “último a Sair”, série da autoria de Bruno Nogueira, que a RTP passou em 2011, onde Roberto Leal deu a conhecer ao grande público o seu lado mais divertido.
Desse tempo de cumplicidade, ficou uma amizade que perdurou apesar da distância, como testemunhou nas redes sociais o ator. Leia na integra o texto de Bruno Nogueira:
Ficamos todos a perder, quando perdemos o Roberto Leal. O Roberto era um homem bom, um homem puro, um amigo que fiz sem esperar, e que perdi antes de ser a hora justa para isso. Um dia disse-me: “não imaginas a felicidade que é poder brincar com a imagem que as pessoas têm de mim”. Rimos muito, conversámos muito, comovi-me inúmeras vezes com as suas declarações de afecto e generosidade.
Hoje fez-se fim, e a tristeza ganhou mais terreno do que esperava. Há pessoas que entram e fazem ninho, e nestes dias fazem-se mais vivas que nunca.
A mágoa do Roberto sempre foi sentir-se emigrante no Brasil e em Portugal. Hoje isso fica resolvido de uma vez por todas: o coração do Roberto Leal não cabe em dois países.
E é uma pena ele não estar cá para ver isso.
P.s. O Daniel Oliveira relembrou-me agora uma bonita frase de despedida. A certa altura, no “Som de Cristal”, pergunto ao Roberto: “onde preferias morrer, no Brasil ou em Portugal?”
Ele respondeu: “em paz.”