A influenciadora digital Lil Miquela tem 1,7 milhões de seguidores na rede social Instagram. Costuma publicar fotos da sua vida e manifestar-se sobre diversos temas, como os direitos LGBTQ+, o movimento Black Lives Matter – campanha contra a violência policial contra negros nos Estados Unidos – para além de promover marcas de roupas e perfumes.
Tal como a maioria das outras influencers, Lil Miquela é bonita, misteriosa e encantadora, a diferença é que ela não é real.
Estreou-se no Instagram em abril de 2016, gerando uma série de especulações sobre se era ou não real, o que, pelos milhares de seguidores que conseguiu angariar, isso não parece não ser um problema.
A jovem fictícia publica fotos a divertir-se com amigos e com o namorado, com looks de marcas de luxo da Chanel e Prada.
Para além da sua fama como influenciadora, também conseguiu entrar no mundo da música e lançou o single Not Mine, em 2017, que se tornou viral no Spotify.
As origens de Miquela nunca foram reveladas. Quem gere a rede social não confirma se ela é real, fictícia ou uma composição de uma pessoa real aperfeiçoada com imagens geradas por computador.
Especula-se que foi criada pela equipa de uma startup de Los Angeles chamada Brud, que se descreve como “um grupo de solucionadores de problemas em robótica, inteligência artificial e seu uso para empresas de comunicação”. O repórter Damian Fowler, da BBC, solicitou em 2018 uma entrevista com Miquela. Segundo o jornalista, a entrevista foi realizada por e-mail com o publicitário e o agente de Miquela — e um deles trabalhava na Brud.