O estilista Giorgio Armani doou 1,25 milhão de euros para ajudar a combater o surto que atinge o país. A verba será destinada aos hospitais Luigi Sacco, San Raffaele ao Instituto do Cancro, em Milão, e ao Instituto Spallanzani, em Roma, além da Agência da Defesa Civil.
O grupo de moda italiano, com sede em Milão, que em 2018 teve de receita 2,1 bilhões de receita, junta-se assim a outras marcas da indústria têxtil que têm vindo a fazer generosas doações para a investigação e tratamento do covid-19.
Esta segunda-feira, 9 de março, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou a ampliação da área de quarentena para o todo o país. O coronavírus já matou 463 pessoas e infetou mais de nove mil em Itália.
Várias empresas de moda e acessórios de luxo têm feito doações para combater a crise de covid-19. A Bulgari fez uma doação para o departamento de pesquisa do Instituto Lazzaro Spallanzani, em Roma, que permitiu ao hospital adquirir um sistema microscópico de aquisição de imagens, essencial para avançar nas pesquisas. A Versace doou um milhão de yuans (cerca de 125 mil euros) à Cruz Vermelha chinesa. Esta mesma instituição recebeu da francesa LVMH 16 milhões de yuans (dois milhões de euros). Domenico Dolce e Stefano Gabbana, da Dolce & Gabbana, decidiram apoiar cientistas de Milão que investigam possíveis formas de combater o vírus. O dono da Gucci também fez doações recentes na tentativa de ajudar a controlar a transmissão do vírus.
O novo coronavírus já afetou diretamente as atividades da Armani. O desfile da marca na Semana de Moda de Milão ocorreu com portas fechadas, sendo transmitido pela internet. A maioria dos funcionários está a trabalhar em casa e a produção opera com o mínimo de pessoas, segundo a porta-voz do grupo.
A maioria dos funcionários do grupo sediado em Milão está a trabalhar em casa e as instalações de produção estão a operar com o mínimo de pessoas, disse o porta-voz da Armani.