Portugal está em choque com a morte da menina de 9 anos que estava desaparecida desde quinta-feira, 7 de maio, em Peniche. Depois de intensas buscas, Valentina foi encontrada sem vida na manhã deste domingo.
O corpo foi descoberto a cerca de seis quilómetros da casa onde a criança passava uns dias com o progenitor. O pai, que se manteve calmo e frequentou o café durante as buscas, é suspeito de ter asfixiado e escondido a filha do primeiro casamento, com a ajuda da atual mulher.
Sandro e Márcia Bernardo são, para já, os principais suspeitos do alegado homicídio e foram detidos. Valentina terá sido asfixiada na banheira na tarde de quarta-feira, muitas horas antes do alerta para o seu desaparecimento.
Na mesma casa, estariam ainda outras três crianças, de 12 anos, 4 e uma mais nova com apenas alguns meses, não se sabendo se viram o que se passou. O mais velho já foi ouvido pela Polícia Judiciária.
Nos últimos dias, a história foi seguida com atenção por Portugal inteiro e o final não deixou ninguém indiferente. Entre as figuras públicas, Eduardo Madeira foi dos que partilhou com os seus seguidores das redes sociais o seu lamento, expressando emoções comuns a uma maioria.
“Há coisas que me deitam abaixo. Que me deixam taciturno, triste, acabrunhado. O caso desta menina dá-me um nó na garganta e tira-me o sorriso. Hoje, quando finalmente vi a notícia que confirmava o pior cenário, demorei a ultrapassar o choque e a violência de tudo isto. Lamento muito a morte desta criança por ela e pelo que simboliza. A violência com os mais fracos. Lamento muito mesmo“, escreveu o humorista num desabafo com o qual muitos se identificaram.
Pai de Leonor, de quase seis anos, Eduardo assumiu a dor de quem não teve força para se proteger e, de forma implícita, deixou perceber o sentimento de impotência numa sociedade onde continuam a acontecer crimes semelhantes, sem que ninguém se aperceba antes e a tempo de os prevenir.
