João Araújo, advogado que ficou conhecido por ter defendido José Sócrates no caso Operação Marquês, morreu esta quarta-feira, aos 70 anos.
Foi há cerca de 12 anos que o Hospital de Santa Marta, em Lisboa, lhe diagnosticou a doença oncológica que, nos últimos tempos, muito o debilitou, acabando por o matar. Mesmo que, há cinco anos, João Araújo já assumisse estar a viver por empréstimo, a verdade é que lutou até ao fim.
Os cigarros fumados uns atrás dos outros e um copo ou outro depois do expediente estavam entre os vícios confessos e com eles o advogado tentava contrariar o cancro. Nascido em Angola, tinha uma forma ímpar de levar a vida e, segundo descrição de alguns amigos, “era um homem com um sentido de humor e uma coragem que não acabavam”.
Na memória, ficarão para sempre as saídas do tribunal quando defendia José Sócrates no processo “Operação Marquês” e as declarações nem sempre consensuais. João Araújo acreditava piamente na inocência do antigo primeiro- ministro, até mesmo em conversas de café com os seus pares.
O velório deverá ocorrer esta quarta-feira na Igreja da Estrela.