Ela pode, ela quer, ela manda. Foi assim que Cristina Ferreira se assumiu, esta segunda-feira, no regresso ao “Você na TV” para “fechar o ciclo” ao lado de Manuel Luís Goucha. Mas nem sempre foi assim e, segundo a própria, foi preciso sair da TVI para provar “ser capaz” de conseguir resultados sozinha.
“Pelo facto de ser mulher, sempre fui colocada no meu lugar e nunca pude fazer aquilo que eu imaginava para a televisão… Só quero que me deixem ajudar, ter ideias“, reclamou a apresentadora e agora diretora de entretenimento e ficção.
Numa conversa em que imperou o “eu”, Cristina sublinhou que aceitou o convite da SIC pois “não estava bem”. “Eu precisava”, confessou, garantindo que o que foi apresentar para a concorrência tinha sido proposto na TVI, mas acabou numa gaveta.
A comunicadora agarrou a oportunidade e, atualmente, chegou ao topo na casa onde despontou no universo televisivo. Mas, “eu hoje estou aqui, nesta posição, só à custa do meu trabalho”, notou, sem falsas modéstias.
Depressa, Cristina deu liderança nas manhãs à SIC, embora nunca tenha pretendido competir com o amigo Goucha. “Eu nasci aqui, eu cresci aqui. Custou-me muito durante este ano e meio ver o local onde eu tinha vivido a cair, a cair“, concluiu, acrescentando: “Quero muito que esta casa volte a ser aquilo que eu senti nos primeiros anos de profunda felicidade, de família, onde todos estão felizes, com um brilho nos olhos. E isso foi uma coisa que se perdeu. Se eu conseguir ajudar que isso volte (…)“.
Esta quarta-feira, 23 de setembro, estreia o “Dia da Cristina”, mas agora “só a partir de janeiro” é que terá uma televisão à sua medida, onde não há lugar para todos. Dispensar pessoas que não se encaixam em nenhum projeto será para ela o mais custoso, mas não vai dar “migalhas a ninguém”.