O Papa Francisco evocou “com afeto” os encontros que teve com Diego Armando Maradona, antigo campeão do mundo e capitão da seleção argentina de futebol, que faleceu esta quarta-feira aos 60 anos.
“O Papa foi informado sobre a morte de Diego Maradona, relembra com afeto as ocasiões de encontro desses anos e o recorda na oração, como fez nos dias passados desde que tomou conhecimento das suas condições de saúde”, referiu aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
O ex-futebolista e selecionador da Argentina esteve no Vaticano a 1 de setembro de 2014, antes de um jogo pela paz, numa iniciativa inter-religiosa, no Estádio Olímpico de Roma, e um ano depois, no âmbito dos projetos da plataforma educativa ‘Scholas occurrentes’, criada pelo então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio – o atual Papa.
O portal ‘Vatican News’ destaca o percurso de um “poeta do futebol”, de Buenos Aires ao Campeonato do Mundo de Futebol, em 1986, no México, passando pelos “triunfos em Nápoles”, onde conquistou dois campeonatos, em 1987 e 1990.
O texto refere que “Maradona foi um futebolista extraordinário, mas também um homem frágil, com uma vida marcada em vários momentos pelo flagelo das drogas”.
No livro “Vamos sonhar juntos”, o Papa recorda os momentos que viveu na Alemanha para aprender o idioma, e que viveu na solidão o triunfo da Argentina no Mundial de 1986.
Uma vitória cuja estrela foi Diego Armando Maradona, conquistando para o país o segundo título mundial. E aquela camisa número 10, “El pibe de oro” levou-a ao Vaticano anos depois, no dia 1 de setembro de 2014.
Nessa ocasião, Maradona, entrevistado pela rádio vaticana conclui que “entre os dois, o verdadeiro ‘craque’ é o Pontífice”.