No especial ‘Yearly Departed’, que estreou esta quarta-feira, 30 de dezembro, as protagonistas lembraram tudo o que predemos este ano devido à pandemia do novo coronavírus.
O espetáculo da Amazon Prime Vídeo contou com a participação especial de Christina Aguilera que encenou um funeral para a carreira de J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter.
As comediantes Phoebe Robinson, Rachel Brosnahan, Sarah Silverman e Tiffany Haddish estão num funeral, até que uma delas assume o microfone e diz: “Eu normalmente não canto, então tenham paciência comigo”. Nesse momento surge Christina Aguilera que se oferece para cantar.
A artista norte-americana sobe ao palco e ao piano interpreta ‘I Will Remember You’. Num painel onde vai sendo exibido o que perdemos em 2020, como abraços, férias, apertos de mão, encontros, saídas e usar sutiã, aparece a “morte” da carreira de J.K. Rowling, que ao longo do ano se envolveu em várias polêmicas.
A autora da famosa saga foi acusada de transfobia ao opinar sobre um artigo de um site chamado “Criando um mundo pós-Covid-19 mais igualitário para pessoas que menstruam”, o que incomodou muitos internautas que a acusaram de confundir sexo com género.
Depois, J.K. criticou outra ideia relacionada ao sexo. “Se o sexo não for real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não for real, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir as suas vidas de forma significativa. Não é ódio é falar a verdade“, escreveu nas redes socias, continuando a polémica.
If sex isn’t real, there’s no same-sex attraction. If sex isn’t real, the lived reality of women globally is erased. I know and love trans people, but erasing the concept of sex removes the ability of many to meaningfully discuss their lives. It isn’t hate to speak the truth.
— J.K. Rowling (@jk_rowling) June 6, 2020
Outro momento criticado foi quando lançou o livro Troubled Blood, sob o pseudônimo de Robert Galbraith. A quinta obra do best-seller que envolve o personagem Cormoran Strike acompanha mais um dos casos do detetive, que dessa vez investiga um homem cis que, por vezes, se veste de mulher para cometer feminicídios (termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do género).
Pouco tempo depois a autora britânica chegou a divulgar uma loja online que tem um posicionamento alegadamente transfóbico (pessoa ou grupo de pessoas que tem repulsa ou preconceito por transexuais, travestis e transgéneros). Estas são apenas algumas das controvérsias protagonizadas pela escritora de 55 anos.
Apesar de ser muito ativa no Twitter, J.K. Rowling considera-se uma reclusa devido à sua aversão a entrevistas. Ela já processou jornais ingleses diversas vezes e, em geral, a sua representação da imprensa é bastante negativa nas suas obras, como é o caso da repórter fofoqueira Rita Skeeter em Harry Potter.