A cantora cabo-verdiana Celina Pereira morreu aos 80 anos esta quarta-feira, em Lisboa, onde residia, vítima de doença, confirmou à agência Lusa o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente.
Natural da ilha cabo-verdiana da Boavista, sobrinha de Aristides Pereira, primeiro Presidente de Cabo Verde, Celina Pereira viu o seu primeiro ‘single’ “Bobista, Nha Terra/Oh, Boy!”, editado em 1979, mas só em 1986 lançou o primeiro disco “Força di Cretcheu” (Força do Meu Amor), que inclui histórias e cantigas de roda, brincadeira, casamento e trabalho.
Seguiu-se depois “Estória, Estória… No Arquipélago das Maravilhas” (1990), “Nós Tradição” (1993), “Harpejos e Gorjeios” (1998) e “Estória, Estória… do Tambor a Blimundo” (2004).
Em 2003, a artista foi condecorada com a medalha de mérito – grau comendadora – pelo Presidente português, Jorge Sampaio, pelo trabalho na área da educação e da cultura cabo-verdiana.
Em 2014, foi galardoada com o Prémio Carreira na 4.ª edição do Cabo Verde Music Awards (CVMA).