Morreu esta quarta-feira, 3 de fevereiro, a atriz Adelaide João. Tinha 99 anos.
A morar na Casa do Artista, em Lisboa, há alguns anos, foi nessa instituição particular de solidariedade social que a atriz faleceu, vítima do novo corona vírus.
Adelaide João, de nome artístico de Maria da Glória Pereira Silva, nasceu no dia 27 de julho de 1921, em Lisboa. Com uma vida dedicada à representação, iniciou-se no teatro amador.
O seu talento levou-a a ser convidada para fazer televisão onde se estreou em 1960. Em 1962 partiu para Paris para estudar teatro, sendo-lhe atribuída uma bolsa de estudo pela Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhou em várias companhias teatrais francesas.
Em 1965 regressou a Portugal, voltou à televisão e integrou o elenco da Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa. Nos anos seguintes integrou a Companhia do Teatro Experimental de Cascais, Teatro Maria Matos, Casa da Comédia.
Na televisão fez várias séries, telenovelas, telefilmes e teleteatro. Participou nas primeiras telenovelas portuguesas: “Vila Faia” (1982), “Origens” (1983), “Chuva na Areia” (1985) e “Palavras Cruzadas” (1987). Em séries como: “Histórias Simples da Gente Cá do Meu Bairro” (1965), “Sete Pecados Mortais” (1966), “Xailes Negros” (1986), “Cobardias” (1988), “A Árvore” (1991), “Débora” (1998), “A Loja do Camilo” (2000), “Os Batanetes” (2004), “Aqui Não Há Quem Viva” (2007), “Um Lugar Para Viver” (2009)… e novelas como “Nunca Digas Adeus” (2001) ou “Tudo por Amor” (2002).
A atriz, que completaria 100 anos em julho, foi homenageada em 2017 com um Prémio Sophia de carreira, recebendo assim uma merecida homenagem pelos anos que dedicou ao mundo da representação em Portugal.