A pianista Olga Prats morreu esta sexta-feira, aos 82 anos, na sua residência na Parede, concelho de Cascais, vítima de doença prolongada, disse à Lusa o compositor Sérgio Azevedo, que era seu amigo.
Ao longo dos quase 70 anos de carreira, Olga Prats privilegiou a música de câmara, destacando a produção contemporânea.
Foi a primeira pianista a tocar e a gravar o argentino Astor Piazzola em Portugal e a divulgar o fado ao piano.
Olga Prats começou a tocar piano com a sua mãe aos 6 anos. Deu o seu primeiro recital, aos 14 anos, no Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa, a 5 de maio de 1952.
Maria Olga Douwens Prats fez o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional. Terminado o curso, em 1957, prosseguiu os estudos em Colónia, na Alemanha, onde foi aluna de Gaspar Cassadó e de Karl Pillney, e em Friburgo, na Suíça, estudou com Carl Seeman e Sándor Végh.
Na Alemanha, onde foi bolseira do Governo alemão em parceria com a Fundação Gulbenkian, Olga Prats tocou com várias orquestras e recebeu elogios da crítica musical, tendo, em 1958, sido distinguida com o prémio para melhor estudante estrangeira.
Em 1960, regressou a Portugal, tendo continuado a estudar com a pianista Helena Sá e Costa (1913-2006).
O seu talento não passou despercebido nos meios académicos internacionais, onde foi convidada para ser professora de piano.
como a da ex-Emissora Nacional, a da Gulbenkian, e a do Porto, mas também a Orquestra de Câmara do Festival de Pommersfelden ou a Sinfónica de Buenos Aires.
Lecionou no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) até novembro de 2008.
Olga Prats foi uma das fundadoras do Opus Ensemble, em 1980, e do ensemble de teatro musical Grupo ColecViva, em 1975. Recorde a pianista: