O testamento do príncipe Philip, que morreu no dia 9 de abril aos 99 anos, vai continuar secreto durante os próximos 90 anos, decidiu quinta-feira o Supremo Tribunal do Reino Unido. Um juiz selou os últimos desejos do marido de Elizabeth II, seguindo o costume que prevalece entre os membros da Família Real. Em causa está a “proteção da dignidade e posição” da rainha Isabel II.
É costume há mais de um século que, após a morte de um dos membros da Família Real, os tribunais selem os seus últimos desejos. Isso significa que não será tornado público como acontece com o resto dos testamentos que na Grã-Bretanha são documentos públicos. Isso foi explicado pelo juiz Andrew McFarlane que, como presidente do tribunal de família do Tribunal Superior, está incumbido de guardar trinta envelopes, cada um com o testamento selado de alguns dos falecidos membros da Família Real.
O juiz tem em sua posse os testamentos da rainha mãe e da princesa Margarida, a irmã mais nova da rainha Isabel II, que morreu em 2002, e agora tem também o do príncipe Philip. De acordo com o magistrado, só quando terminar o período de 90 anos é que se pode decidir se o documento será tornado público e se será totalmente público ou apenas parte dele.
O juiz explicou que se deve “melhorar a proteção que se dá aos aspetos privados da vida deste grupo limitado de pessoas a fim de manter a dignidade da Soberana e dos membros próximos da sua família”. O magistrado disse ainda que não conhece o conteúdo do testamento e que sabe apenas a data em que será executado e a identidade de quem foi designado para esta tarefa.