Nos mais dos seus 100 anos de existência, a casa de moda espanhola, Balenciaga, já causou várias controvérsias. Se ainda não ouviu falar, desta vez, a famosa empresa de moda começou a vender como malas de mão, por 1.700 euros, sacos que se assemelham aos sacos plásticos que usamos habitualmente.
O produto, estrela da coleção outono inverno 2022-2023 da Balenciaga, vem em três cores diferentes – preto com o atilho em preto, azul com o atilho em preto ou branco com atilho em vermelho.
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Quando questionado sobre o controverso produto, o designer, Demna Gvasalia explicou: “Eu não poderia perder a oportunidade de fazer o saco de lixo mais caro do mundo, porque quem não ama um escândalo na moda?”
Génio ou provocação? O debate não se fez esperar nas redes sociais.
Uma coleção dedicada ao exílio, que sublinha os horrores da invasão russa à Ucrânia. Nos sacos, os refugiados guardam os seus parcos mas preciosos pertences.
Para dar inicio ao desfile, Demna Gvasalia recitou um poema em ucraniano, que pôde ser escutado pelos alto-falantes, antes que a primeira modelo aparecesse: “Até que você seja acorrentado e os inimigos amarrem as suas mãos, os seus filhos fiéis estarão ao seu lado. Com espadas nas mãos em guarda, eles juram viver e morrer consigo. Nossas bandeiras nativas, embora cobertas de batalhas sangrentas, nunca serão cobertas de vergonha”, disse o estilista num texto traduzido pelo documentarista ucraniano-americano Andrew Tkach.