Os três envolvidos no acidente que vitimou Sara Carreira no dia 5 de dezembro de 2020 vão a julgamento por homicídio por negligência. O quarto arguido, Tiago Pacheco, vai responder por condução perigosa.
Terminado esta segunda-feira o debate instrutório do acidente que provocou a morte da filha de Tony Carreira e Fernanda Antunes, o Tribunal de Santarém decidiu que, “todos os arguidos agiram de forma livre e consciente”, referiu o juiz de instrução, acrescentando que, “se tivessem agido em conformidade”, a morte da jovem de 21 anos poderia ter sido evitada.
Tendo em conta que o acidente foi “um processo causal complexo”, o juiz decidiu avançar com o julgamento dos quatro arguidos envolvidos no acidente.
Nenhum dos arguidos esteve presente na audiência.
À saída do tribunal, Tony Carreira mostrou-se pouco otimista sobre o desfecho deste processo. “Sei perfeitamente como é que isto vai terminar: vai terminar a dizer-se que perdi a minha filha e nada vai acontecer a ninguém. Só lamento que nenhum dos arguidos me tenha enviado uma mensagem ou escrito uma carta a lamentar a dizer simples: ‘lamento aquilo que aconteceu”, disse aos jornalistas.
Acidente
Recorde-se que este acidente na A1 provocou a morte de Sara Carreira, que seguia num carro conduzido por Ivo Lucas. Nesse dia, ao final da tarde, Paulo Neves circulava a cerca de 30 quilómetros por hora, velocidade inferior à mínima permitida por lei e conduzia sob o efeito de álcool.
A cantora Cristina Branco, que seguia com a filha noutro carro, acabou por embater no carro de Paulo Neves e ficou parada na faixa central daquela autoestrada. Acendeu as luzes que indicam perigo e saiu do carro, com a filha, sem colocar o triângulo na estrada.
Foi então que Ivo Lucas não terá conseguiu desviar-se do carro de Cristina Branco, capotando várias vezes.
Depois, Tiago Pacheco, que seguia em excesso de velocidade, acabou por bater também no carro onde seguia Ivo Lucas e Sara Carreira.