A morte de Sinead O’Connor foi prematura, com apenas 56 anos. O médico legista que investiga a morte da cantora disse ao Daily Mail que não se sabe quando ela morreu. Contou que ainda tentam juntar as informações sobre os últimos dias de vida de Sinead O’Connor, cujo corpo foi encontrado no seu apartamento, em Londres, na última quarta-feira, dia 26 de julho.
Não foi dada qualquer causa sobre esta morte e o resultado da autópsia demorará ainda algumas semanas para serem entregues, disse ontem um porta-voz do London Inner South Coroner’s Court.
No entanto a ideia sobre a morte era um assunto que ocupava os pensamentos da cantora, que tentou acautelar algumas situações.
Em 2021, quando promovia o seu livro de memórias, Rememberings, a artista irlandesa confessou o quanto era importante proteger não apenas as suas finanças, mas a sua música, para que não houvessem problemas quando ela morresse. “Quando um artista morre o seu valor é maior do que quando estava vivo. Tupac (rapper que foi assassinado em 1996 aos 25 anos) lançou mais álbuns desde a sua morte do que quando estava vivo, então é nojento o que as editoras discográficas fazem”, disse na altura à People.
Por isso, contou que tinha pedido aos filhos – O’Connor era mãe de quatro filhos, Jake Reynolds, de 34 anos, Roisin Waters, de 27, e Yeshua Bonadio, de 16, sendo que Shane, morreu no ano passado aos 17 anos, após ter passado dias desaparecido – que caso morresse repentinamente, como realmente aconteceu, fizessem um telefonema antes de notificar as autoridades de saúde e a polícia. “Sempre instruí os meus filhos, desde muito pequenos. “Se a vossa mãe morrer amanhã, antes de ligarem para o 911, liguem para o meu contabilista e certifiquem-se de que as editoras não comecem a lançar os meus álbuns sem dizerem onde está o dinheiro“.
A morte da artista ocorre um ano e meio depois de ter perdido o filho Shane, que morreu em janeiro de 2022. O’Connor assumia estar “perdida sem ele” .