O Instituto de Terapia Focal da Próstata alia-se à campanha Novembro Azul, alertando para a incidência do cancro da próstata em Portugal e a importância da realização de exames periódicos.
O Instituto de Terapia Focal da Próstata está a participar ativamente na campanha Novembro Azul, uma iniciativa que visa sensibilizar a sociedade, e em especial os homens, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da próstata.
O diagnóstico precoce é essencial e tem contribuído para reduzir significativamente a taxa de mortalidade. “Na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito em fases em que se consegue tratar e erradicar a doença“, afirma o urologista Sanches Magalhães. “Até em casos que progridem e ultrapassam a fase localizada, ou que são diagnosticados em fases avançadas, as possibilidades de tratamento alteraram-se de forma muito significativa em poucos anos. Não obstante, todos os anos falecem cerca de 2000 doentes, só em Portugal”, esclarece. “É um número significativo“.
Esta campanha, nascida de um movimento que teve início na Austrália em 2003 com o nome Novembro Azul ou Movember, difundiu-se ao longo dos anos por vários países como símbolo da luta contra o Cancro da Próstata. A 17 de Novembro assinala-se o Dia Mundial do Combate ao Cancro da Próstata, uma condição que mata cerca de 2000 doentes, só em Portugal.
Com a prevenção em mente, o Instituto de Terapia Focal da Próstata e o Doutor Sanches Magalhães reforçam a necessidade de não descurar a saúde em geral. Mais ainda, esta participação na campanha Novembro Azul alinha-se também com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, especialmente nos que dizem respeito à Saúde de Qualidade e Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade.
Dados do Global Cancer Observatory indicam que, em 2020, surgiram em Portugal 6.759 novos casos de cancro da próstata, uma doença de evolução lenta e assintomática, tornando o diagnóstico precoce crucial para o sucesso do tratamento. Estima-se que em 2040 este número possa aumentar para 8.216, um crescimento de 21,6%.
Existem diversos fatores de risco, sendo a idade o mais relevante. O pico de incidência é por volta dos 65 anos mas pode ocorrer a partir dos 50 anos, sendo muito raro antes dos 40.
A hereditariedade e o histórico familiar também são cada vez mais pertinentes. É expectável que pessoas com pais ou irmãos afetados pela doença, acabem igualmente por desenvolver cancro da próstata, mais cedo do que a população geral. Existem determinadas mutações genéticas que, se presentes na família, devem motivar vigilância mais apertada: BRCA2(mais estudado nas mulheres com cancro da mama familiar, por exemplo Angelina Jolie).
A etnia é um outro fator relevante, sendo a ocorrência do cancro da próstata mais frequente em homens afrodescendentes, apesar das causas dessa prevalência não serem ainda totalmente evidentes.
Por fim, mas menos importantes, elementos quotidianos como os hábitos alimentares, o consumo de álcool, a exposição ocupacional, o comportamento sexual, a exposição à testosterona, a obesidade e a inflamação crónica.
No caso de pertencer a um grupo de maior risco, deve-se procurar o acompanhamento logo desde os 40 anos, bastando para tal a realização de análise ao sangue: o teste do PSA. Um valor do PSA aumentado implica o despiste de cancro da próstata, no entanto, além do cancro, existem outras situações que podem ser responsáveis pelo resultado, apenas se confirmando o diagnóstico com uma biópsia positiva para células malignas.
Consulte o seu médico especialista e lembre-se: a deteção precoce é fundamental na luta contra o cancro da próstata. Esteja atento e não negligencie a sua saúde.
Artigo da responsabilidade do Dr. José Sanches Magalhães
Licenciado em Medicina pela Universidade do Porto;
Médico no Hospital de Santo António entre 1997 e 1998;
Internato de Urologia no Instituto Português de Oncologia do Porto de 1999 a 2004;
Especialista de Urologia no Instituto Português de Oncologia do Porto desde 2005;
Médico Especialista em Urologia no seu consultório privado desde 2005.
Ao longo da carreira desenvolveu uma sólida experiência em Urologia oncológica e tem vindo a distinguir-se em técnicas de cirurgia minimamente invasiva, bem como em terapia focal da próstata.
Fundou, em 2016, do Instituto de Terapia Focal da Próstata, no Porto, tendo sido dos primeiros médicos urologistas (e um dos únicos) em Portugal a utilizar a tecnologia de Eletroporação Irreversível no tratamento do cancro da próstata.