Edgard Miranda, o brasileiro diretor de projeto da novela da TVI “Cacau”, que foi casado durante 7 anos com Mafalda Rodiles, esteve no programa do Goucha onde falou da sua vida pessoal.
Quando Manuel Luís Goucha o interrogou sobre o que levou ao término do casamento com a atriz portuguesa, em 2019, o realizador da novela disse que foi por “excesso de trabalho“. Contou ainda que surgiram alguns “desentendimentos” com a mãe dos filhos devido à pensão de alimentos quando percebeu “que os valores praticados aqui em Portugal são muito menores do que no Brasil“. Admitiu ter tentado “esse ajuste“. Apesar de referir que a relação entre os dois era pacífica, o caso foi “a tribunal”.
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No entanto Mafalda não gostou do que ouviu da parte do ex-marido e pai dos seus dois filhos mais velhos, Mel e Martim, e recorreu às stories da sua página de Instagram para contar em “comunicado” a sua verdade, onde relata uma relação “tóxica e violenta” e fala em queixa de violência doméstica.
“Este comunicado surge na sequência da entrevista dada pelo meu ex-marido, e pai dos meus filhos Mel e Martim, Edgard Caminha de Miranda Silva, ao Manuel Luís Goucha, no seu programa da tarde transmitido na TVI. Tenho sido abordada por várias pessoas a esse propósito, sinto-me no dever, enquanto mulher, mãe presente e responsável, de fazer este breve esclarecimento.
É falso que a relação tenha terminado com sentimentos mútuos, nem de perto. Foi uma relação que se revelou, mais tarde, tóxica e violenta, marcada por várias traições e ameaças. A par, ele tinha várias adições, tendo o mesmo vindo a ser internado para desintoxicação já quando estávamos separados“, começou por contar Mafalda Rodiles.
“A minha saída de casa, e que culminou no fim do casamento, foi a invasão policial, efetuada no dia 4 de janeiro de 2019 da casa onde morávamos com voz de detenção do meu ex-marido, com um agente da polícia de arma em punho, assustando-me a mim e às crianças de maneira tal que não consigo sequer arranjar palavras para vos dizer o horror que foi.
O divórcio realizou-se ainda no Brasil, tendo a regulação das responsabilidades parentais sido feitas nessa constância e o valor da pensão de alimentos determinada de acordo com a lei brasileira – percentagem do valor de rendimento do progenitor, e por mútuo acordo.
Esse valor foi pago durante um tempo mas depois decidiu começar a pagar metade do valor, entrando assim em incumprimento de pagamento da pensão de alimentos aos seus próprios filhos“, prosseguiu.
“O incumprimento, no Brasil, resulta em prisão civil para o progenitor que incumpre e, bem sabendo disso e que eu iria cobrar na justiça os valores que eram devidos aos nossos filhos, coincidentemente, veio para Portugal estabelecer-se.
Assim que chegou a Portugal deu entrada de um pedido de regulação de responsabilidades parentais contra mim, apenas e só, com o fito de reduzir valores de pensão e, nunca, com o fito de passar mais tempo com as crianças.
Já em Portugal, dia 15 de outubro de 2023, tive de apresentar uma queixa por violência doméstica exercida contra os nossos filhos, e contra mim, por um episódio ocorrido enquanto o meu ex-marido estava com as crianças totalmente alterado por adição. Mas quanto a este tema, estando o processo em fase de inquérito e sendo os factos de foro privado, não me irei pronunciar“, explicou.
“De todos estes temas que aqui exponho, para esclarecer e desmentir algumas das declarações prestadas pelo Edgard na referida entrevista, possuo provas documentais complementadas com testemunhos; não são apenas meras declarações difamatórias, porque sou, e sempre serei, pela verdade e honestidade, princípios estes que transmito diariamente aos meus filhos.
Nunca quis expor estes episódios lamentáveis pelos quais passei, especialmente para proteger os meus filhos, mas é inconcebível para mim ver a minha vida ser exposta num programa de televisão, ser contada uma versão totalmente mentirosa e não me pronunciar”, sublinhou a atriz.
“Só tenho a lamentar que tantas outras mulheres sofram com este tipo de relacionamentos mentirosos e tóxicos, cujos filhos acabam por presenciar situações que não deviam. É de lamentar que, por pura proteção dos filhos, essas mulheres sejam acusadas de alienação parental. É de lamentar que ninguém vê e, do que veem, ninguém faz nada. É de lamentar que tantas mulheres não consigam sair destas relações. É de lamentar, também, que muitas queixas de violência só sejam levadas a sério quando acontecem episódios mais graves de sem retorno.
Não sinto culpa alguma pelo fim da relação, por ter regressado a Portugal com os meus filhos para junto da minha família. Foi uma aprendizagem para a vida. Os meus filhos são o bem mais precioso que tenho, vou protegê-los, sempre, até ao fim do mundo. E respeitar-me, também, pois apenas mereço o melhor, a verdade“, concluiu, dando só agora a conhecer factos desconhecidos pelo grande público.