O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai decretar um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres do artista plástico Manuel Cargaleiro, que morreu, este domingo, aos 97 anos.
“Em acordo com Sua Excelência o presidente da República, o Governo vai aprovar a declaração de luto nacional no dia em que se realizem as exéquias de Manuel Cargaleiro“, anunciou Luís Montenegro numa nota enviada às redações.
O primeiro-ministro manifestou o seu “profundo pesar” pela morte do “artista multifacetado, conhecido do grande público sobretudo pela sua obra como pintor e ceramista“.
“Cargaleiro dominou a cor e a geometria de forma marcante, imprimindo à arte contemporânea portuguesa um traço inconfundível“, sublinhou sobre as criações de Cargaleiro, que “expressaram sempre a sua visão poética do mundo, construindo um legado reconhecível por diversas gerações de portugueses“.
Castelo Branco está de luto
Também a terra que viu nascer Manuel Alves Cargaleiro a 16 de março de 1927 – em Chão das Servas, no concelho de Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco – anunciou luto municipal. O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, anunciou que a autarquia vai decretar três dias de luto municipal pela morte do artista A bandeira do Município será colocada a meia haste.
Foi justamente em Castelo Branco, que viria a ser inaugurada a Fundação Manuel Cargaleiro, em 1990, depois expandida com o respetivo museu e mais tarde, no Seixal (Setúbal), a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.
Manuel Cargaleiro estudou em Lisboa, onde frequentou a Escola Superior de Belas Artes para se dedicar às artes plásticas.
Fixou residência em Paris em 1957, onde viria a estabelecer o seu atelier e a expandir a sua presença internacional.