“Talvez me reste um ano de vida“, revelou o treinador de futebol Sven-Goran Eriksson, de 76 anos, em janeiro, quando lhe foi diagnosticado um cancro no pâncreas.
Agora, num documentário na “Prime Video” que deverá ser lançado sexta-feira, 23 de agosto , Eriksson mostra-se conformado com a sua doença em fase terminal e faz uma despedida emocionante.
“Tive uma boa vida. Todos nós tememos o dia em que morreremos, mas a vida também é sobre aceitar a morte” refere Eriksson.
“Com sorte, no final, talvez as pessoas digam: ‘Sim, ele era um homem bom’. Mas nem todos dirão isso. Tive uma vida boa. Não se arrependam. Sorriam. Obrigado por tudo, treinadores, jogadores e público. Foi fantástico. Cuidem-se e cuidem da vossa vida. E vivam-na. Adeus“, afirma no documentário que promete comover todos, perante um testemunho tão sincero, tanto de Eriksson, como dos seus familiares.
O treinador sueco, dono de um invejável palmarés, revela que quer descansar nas “tranquilas águas” da sua terra natal.
Sobre a sua carreira, na qual ganhou 19 títulos, garante ter sido um orgulho e “um sonho cumprido“.
O filme mostra momentos ternos onde Eriksson desfruta da leitura, de jogos de cartas e jantares com o filho Johan, a filha Lina e a companheira de longa data Yaniseth Bravo.
O Mister reflete sobre aspetos da sua vida, apoiado amorosamente pelos filhos, quando depende deles para suporte físico durante momentos de falta de ar. “A vida não é perfeita. Estou com injeções há meses, e agora estão a trocá-las por comprimidos“, conta.
Apesar de tudo permanece resiliente: “O desconforto na garganta e no nariz é considerável, mas é uma parte da jornada que consigo lidar. Estou em paz com o fato de que a vida não durará para sempre, mas estou bem“.
Foto: Reprodução Benfica