José António Saraiva morreu esta quinta-feira, dia 6 de março, vítima de cancro. Com 77 anos de idade José António Saraiva era cronista do Sol, jornal de fundou, quando saiu da direção do Expresso: onde esteve em funções durante 22 anos, de 1983 a 2005.
Na nota que publicou na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que “para além da atividade como arquiteto, José António Saraiva dedicou-se à História, sobretudo a História política contemporânea, e teve um papel muito importante durante certo período da vida do Expresso, como analista político, como cronista histórico e como diretor de publicações. É impossível contar o período das décadas de 80 e 90 sem mencionar o seu contributo, herdeiro de uma linhagem familiar também muito rica, em que avultam seu Pai António José Saraiva e seu Tio José Hermano Saraiva“.
Jornalista e escritor, José António Saraiva nasceu em 1947, em Lisboa, sendo filho de António José Saraiva, ensaísta, historiador e crítico literário, e sobrinho do historiador José Hermano Saraiva.
Formado em arquitetura, ganhou projeção no jornalismo, começou a escrever aos 17 anos no Comércio do Funchal, onde assinava crónicas sobre a sociedade. Seguiu como cronista no Diário de Lisboa, entrando no Expresso em 1983. Aqui, criou o espaço “Memória do Século” e a coluna semanal “Política à Portuguesa”.
Foi um dos fundadores do jornal SOL, em 2006.
Autor de diversos livros, de romances como O Último Verão na Ria Formosa, um policial que demorou treze anos a conceber, até ao recente O homem que mandou matar o Rei D. Carlos. O seu Dicionário Política à Portuguesa, mas sobretudo as suas Confissões como diretor do Expresso, onde contava os bastidores dos políticos portugueses fizeram furor, mas também polémica.
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