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Papa Francisco despede-se num dia marcado pela esperança

Francisco morreu esta segunda-feira de Páscoa, durante a noite, altura em que se começa a viver o dia que sucede o domingo de Páscoa, considerado feriado em numerosos países de todo o mundo. Nas Igrejas orientais e na Igreja Ortodoxa, este dia é conhecido como “Segunda-feira do Brilho” ou “Segunda-feira da Renovação”. Um dia marcante, que assinala o caminho da esperança.

No domingo, o Santo Padre despediu-se pessoalmente de todos, desejando “Boa Páscoa“. Ainda que visivelmente debilitado, Francisco apareceu na varanda da Praça de São Pedro, numa cadeira de rodas, para comemorar o Domingo de Páscoa junto dos fiéis.

Os devotos assistiram em silêncio à bênção “Urbi et Orbi“, dirigida à cidade de Roma (“Urbi”) e ao mundo inteiro (“Orbi”).

Hoje, o mundo ficou chocado com a notícia da sua morte. Deixa-nos, acima de tudo um líder com um traço característico de humildade e autenticidade.

Mas Francisco deixou-nos principalmente e literalmente a “esperança“. Muitas vezes fez uso dessa palavra que também transformou em livro, a primeira autobiografia publicada por um papa na história. Uma autobiografia completa, cuja escrita demorou seis anos. Com revelações e reflexões iluminantes, é uma autobiografia humaníssima, comovente e capaz de fazer humor, que representa um testamento moral e espiritual destinado a fascinar os leitores de todo o mundo.

O significado da Esperança para o Papa Francisco: “Corações abertos. É isso que a fraternidade faz. Corações fechados, duros, não ajudam a viver. É por isso que a graça de um Jubileu é escancarar, abrir e, acima de tudo, abrir os corações para a esperança. A esperança não dececiona, nunca! Pensem bem sobre isso. Nos momentos ruins, a gente pensa que tudo acabou, que nada se resolve. Mas a esperança nunca desilude”.

Falou da esperança como uma âncora e “um dom de Deus que enche de alegria a nossa vida“. “A esperança é uma âncora. Uma âncora que se joga com a corda e afunda na areia. E nós temos de estar agarrados à corda da esperança. Bem agarrados”.

Fica a sua memória, o seu legado e os seus ensinamentos.
Ao longo dos 12 anos de pontificado sempre procurou a união das pessoas, com a mensagem de que a Igreja não é só para alguns, mas para “todos, todos, todos”, como sublinhou na JMJ de 2023 em Lisboa.

Desde 13 de março de 2013 que Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio, comandava a tradicional Igreja Católica Apostólica Romana.