Peritos egípcios descobriram no norte do Cairo três esqueletos humanos e uma múmia rodeada de dezenas de amuletos e estatuetas com mais de 2.500 anos, anunciou o ministro das Antiguidades do Egito, Mohamed Ibrahim, noticia a “Lusa”.
Os esqueletos foram descobertos debaixo de umsarcófago que contém, no seu interior, uma múmia de uma mulher dentro de um túmulo (mastaba) que remonta ao Período Tardio, também conhecido como Época Baixa (724-343 a.C.), revelou o ministro, em comunicado.
A descoberta foi feita na zona de Tel Tebela, na província de Al Daqahliya, situada no delta do rio Nilo. Os esqueletos estavam rodeados de dezenas de amuletos, alguns deles da tríade dos antigos deuses egípcios Amón, Horus e Neftis, acrescentou o ministro.
O chefe do Departamento de Egiptologia do Ministério das Antiguidades, Ali al Asfar, declarou que os arqueólogos descobriram no interior da mastaba dois caixões esculpidos em calcário e cobertos com tampas feitas da mesma rocha.
Num desses caixões foi também encontrada uma múmia coberta com um manto dourado e textos escritos em carateres hieroglíficos, entre eles um rolo pertencente ao Faraó Psamético I, da XXVI dinastia (654-525 a.C.).
O responsável pelas antiguidades afirmou que a múmia está em péssimo estado de conservação, devido aos altos índices de humidade da zona, tendo junto a si um cofre de madeira com um conjunto de estatuetas e amuletos, um dos quais uma ave dourada, que simboliza o espírito, e um olho de bronze.
O chefe do Departamento de Arqueologia do Delta, Mohamed Abdel Samia, adiantou que no segundo túmulo foi também encontrado um cofre com centenas de estatuetas e entranhas envoltas em linho.
Mohamed Abdel Samia explicou que a zona onde foram feitas as descobertas é uma necrópole (grande cemitério) do Período Tardio, na qual foram já descobertos vestígios de objetos pertencentes a várias dinastias egípcias, desde a XXII (945 a 715 a.C.) até à XXVI.
O sarcófago que contém, no seu interior, uma múmia de uma mulher dentro de um túmulo (mastaba) que remonta ao Período Tardio, também conhecido como Época Baixa (724-343 a.C.), revelou o ministro, em comunicado.
