Duas instituições de investigação dos Estados Unidos preveem que, dentro de uma década, a privacidade na Internet seja algo reservado “apenas à elite”.
Num documento a propósito do 25.º aniversário da world wide web, que se assinala esta quarta-feira, dia 12, investigadores do Pew e da Universidade Elon, em colaboração com especialistas em tecnologias, traçaram quinze cenários sobre o futuro da internet, noticia a agência “Lusa”.
Segundo uma das suas teses, os utilizadores vão continuar a “privilegiar as vantagens” do imediatismo “sobre a privacidade”.
A pesquisa conclui também que a troca de informação através da Internet estará “tão integrado na vida diária” em 2025 que se fará de forma “invisível, fluindo como a eletricidade”
Estas relações em rede poderão, porém, traduzir-se num aumento da desigualdade e provocar “ressentimento e eventual violência”, alertam.
“A natureza humana não está a mudar: há apatia, intimidação, assédio, estupidez, pornografia, truques sujos e crimes, e aqueles que os praticam têm uma nova capacidade para tornar miserável a vida dos demais”, realçam.
Os investigadores do Pew e da Elon antecipam que as organizações atuais possam não conseguir responder suficientemente rápido aos desafios colocados pela complexidade da rede global.
Mas há teses mais otimistas, como a que refere a “esperança” da Internet, que promoverá mais “relações à escala planetária” e aumentará as oportunidades de educação, resultando em “menos ignorância”.
A 12 de março de 1989, o físico Tim Berners Lee, da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), publicou um artigo científico no qual propunha um novo sistema de gestão da informação e de partilha de informação entre computadores, difundindo o código para o fazer, gratuitamente, um ano depois.
Com o tempo, o sistema passou a ser conhecido como world wide web e converteu-se na ferramenta utilizada diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.