A esperança média de vida global subiu em mais de seis anos nas últimas décadas, apesar de também ter aumentado o tempo em que as pessoas convivem com doenças e incapacidades, de acordo com um estudo publicado na revista “The Lancet”.
Em 2013, a expetativa de vida no mundo era de 71,5 anos para ambos os sexos, mais 6,2 anos do que em 1990, contudo, a esperança de uma vida saudável, sem sofrer problemas de saúde graves, cresceu no mesmo período 5,4 anos (de 56,9 anos para 62,3 anos).
“O mundo fez grandes progressos no campo da saúde, mas agora o desafio passa por encontrar caminhos mais efetivos para prevenir ou tratar as principais causas de doenças ou incapacidades”, apontou Theo Vos, professor do Instituto para a Avaliação e Medição da Saúde (IHME na sigla inglesa), nos Estados Unidos (EUA).
SO avanço no número de anos que as pessoas podem viver em termos mundiais deve-se em grande medida à queda da mortalidade provocada por doenças como a sida e a malária na última década, bem como graças aos avanços no tratamento de desordens durante a gravidez, nos recém-nascidos e nas disfunções nutricionais.
Apesar do aumento da esperança média de vida ser uma realidade na maioria dos países do mundo, em nações como o Botsvana, no Belize e na Síria, o número de anos que os seus cidadãos vivem em média sem doenças graves permaneceu semelhante entre 1990 e 2013. E noutros países, como a África do Sul, o Paraguai e a Bielorússia, a esperança de vida saudável baixou nos 23 anos anteriores a 2013, ano a que se reportam os últimos dados do estudo divulgado pela revista médica publicada no Reino Unido. Já na Nicarágua e no Camboja, as pessoas viviam em 2013 com boa saúde uma média de 14,7 e 13,9 anos mais do que em 1990.
O Japão é o país do mundo que registou em 2013 uma maior expetativa de vida saudável: os homens vivem em média 71,1 anos saudáveis (80,05 anos no total), ao passo que nas mulheres a média é de 75,56 anos (com uma esperança média de vida de 86,39 anos). Logo a seguir surgem Singapura, Andorra, Islândia, Chipre, Israel, França, Itália, Coreia do Sul e Canadá.
No extremo oposto surge o Lesoto, onde os cidadãos vivem em média menos anos saudáveis: 40,06 anos os homens e 44,01 anos as mulheres. Os países que completam o lote das nações com menor esperança de vida saudável são a Suazilândia, a República Centroafricana, a Guiné-Bissau, o Zimbabué, Moçambique, o Afeganistão, o Chade, o Sudão do Sul e a Zâmbia.