Um estudo realizado pela consultora Mercer, que analisou mais de 112 mil postos de trabalho em 307 empresas presentes no mercado português, mostra que, em 2015, os salários de cargos de topo e de menor responsabilidade desceram até 1,6%. Cerca de 22% das empresas portuguesas optou por congelar o salário dos seus trabalhadores.
“Para as funções de menor responsabilidade a principal causa tem a ver com o facto de haver uma disponibilidade de mão de obra muito elevada. No lado do topo a explicação é um pouco menos óbvia, mas as empresas quando mudam os ciclos de gerência e administração aproveitam para adaptar a remuneração destas funções a um ciclo económico mais frugal”, explicou Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer.
Nas restantes funções analisadas, foi registado um ligeiro aumento (entre 0,25% e 1,52%). No entanto, os valores foram inferiores aos registados em 2014 (entre 1,18% e 1,56%), “perspetivando-se que, em 2016, essa variação se mantenha entre 0,79% e 1,24%”, refere o estudo.
Já o salário dos recém-licenciados, no primeiro emprego, situa-se entre os 900 e os 1200 euros por mês.