Off the record

O lado radical de Afonso Vilela

Prestes a completar 43 anos, Afonso Vilela, conhecido no mundo da moda e da televisão, contínua “a dar cartas” e a fazer suspirar. Paralelamente à sua atividade profissional pratica vários desportos, entre escaladas, rappel e outros, o perigo às vezes espreita, mas nada que o desmotive a procurar a aventura.

Afonso pratica desporto desde a infância, até porque na sua geração não havia computadores ou telemóveis. “Cresci ‘na rua’ a partir a cabeça e esfolar o corpo, a subir às árvores, nos carrinhos de rolamentos, jogo do pau… eram os nossos desportos favoritos. Os chamados ‘desportos radicais’ foram apenas uma evolução normal com o crescimento”. Amante da atividade física ao ar livre e em contacto com a natureza, nem sempre é fácil praticar os desportos que mais gosta. “Por vezes quando estou  perto dos locais é mais fácil de os praticar todos os dias. Por exemplo, estive quase 2 meses a trabalhar em Istambul, sempre a ir e vir, 2 meses sem fazer nada disto, só ginásio. Quando cheguei fui à praia, na Costa da Caparica, com umas onditas de nada e o surf soube-me cinco estrelas, parecia o paraíso”, revelou, entre risos.

Para o manequim este é um escape ao stress do dia-a-dia e apesar de gostar de juntar os amigos para praticar desporto, reconhece que às vezes é uma tarefa difícil: “Nem sempre tenho companhia, não é fácil juntar o grupo com assiduidade. Se estão, estão, senão vou sozinho. Tem que ser assim. Às vezes, apenas envio uma mensagem a todos com o local, horário e material necessário, quem parecer vai, não espero muito”.

Ao longo destes anos a fazer desporto out door e em contacto com a natureza já viveu situações de apuros, mas encara o perigo como algo que “faz parte” da aventura.

A qualquer sítio do país que vá está sempre pronto para praticar alguma destas atividades, até porque “Portugal é um parque de diversões sem fim”. A Peneda-Gerês é um dos seus locais preferidos, pois tem “a melhor paisagem, a melhor água… dá para praticar qualquer desporto”.

Apaixonado pela natureza e por viagens, há sítios que Afonso sonha visitar: “Gostava, acima de tudo, de conhecer os últimos desertos da natureza quase intocados pelo homem, antes que a humanidade se encarregue de os destruir. Sem grandes radicalismos, apenas atravessá-los a pé, com tempo. Gostava de explorar as florestas de tundra do norte da Europa”.

 

 

Fotos: Pedro Costa