Cultura

Documentário revela “lado negro” de Steve Jobs

“Steve Jobs: The Man in the Machine”, documentário do realizador Alex Gibney, que faz revelações sobre Steve Jobs, já está em exibição nos Estados Unidos e está a causar polémica.

O documentário já reúne algumas críticas de amigos e ex-colegas de Jobs. Eddy Cue, vice-presidente da Apple Internet, afirmou: “É um retrato miserável e errado do meu amigo. Não é o Steve Jobs que conheci”.

Um dos temas abordados é a polémica do reconhecimento da paternidade da sua filha, Lisa. A menina nasceu após o fim da relação do empresário com Chrisann Brennan. Jobs terá recusado assumir a paternidade durante anos e até colocou em dúvida os testes de ADN. Porém, anos mais tarde aproximou-se da filha, que adotou o seu nome.

A forma como Jobs tratava os funcionários da empresa da maçã foi outro dos temas abordados. Obcecado com detalhes e com uma personalidade forte, o empresário era definido como um “déspota”. Bob Belleville, diretor de engenharia para Macintosh nos anos 80, conta que as exigências de Jobs lhe prejudicaram a relação com a mulher e os filhos.

O documentário também se foca na discrepância entre a imagem que Jobs vendia da Apple – assegurando que a empresa queria “fazer um mundo melhor” – e as penosas condições sob as quais se fabricavam alguns dos seus produtos. O caso mais conhecido é o da empresa chinesa Foxconn, responsável por produzir o iPhone e o iPad. Num período de dois anos, 18 dos seus funcionários cometeram o suicídio.

A chegada deste documentário coincide com a exibição do filme “Steve Jobs”, realizador britânico Danny Boyle, baseado na biografia escrita por escrita em 2011 por Walter Isaacson. Na longa-metragem é Michael Fassbender que dá vida ao fundador da Apple.