A partir de quinta-feira, dia 1, vai passar a haver uma linha de apoio gratuita com o objetivo de esclarecer a população sobre o que são os cuidados paliativos onde existem e como se pode aceder a ele.
A linha(800 209 531), criada pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), estará disponível em outubro, entre as 20h00 e as 22h00 e faz parte de uma campanha que assinala os 20 anos da APCP. “É uma experiência piloto, vamos desenvolvê-la e estudar o seu impacto”, fazendo um estudo para perceber que “tipo de dúvidas as pessoas têm, que tipo de questões colocam e para percebermos se se justifica avançar com esta linha”, explicou à agência “Lusa” o presidente da APCP, Manuel Luís Capelas.
Dados divulgados pela APCP acrescentam que 64% das pessoas com doença prolongada e incurável morrem nas camas hospitalares sem acesso a cuidados domiciliários.
Em Portugal existe uma equipa de cuidados paliativos domiciliários por 520 mil habitantes, quando as recomendações internacionais apontam para uma por cada 100 mil habitantes.
No ano passado, as vagas disponíveis em cuidados paliativos nas unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (195) representavam menos de 30% das necessidades atuais.
Este ano espera-se que cheguem às 345, o que representará cerca de 58% das necessidades nesta tipologia (não agudos).
Em Portugal, estima-se que, anualmente, 60 mil doentes necessitem destes cuidados, mas apenas cerca de 2.500 recebem este tipo de apoio por ano.