O álbum homónimo de Gisela João, editado no ano passado, venceu por unanimidade o Prémio José Afonso 2014, tendo o júri considerado que a fadista é “a melhor voz que já apareceu depois de Amália”.
“Talvez não seja exagero considerar Gisela João a melhor voz que já apareceu depois de Amália”, afirma o júri, citado pela Câmara da Amadora, que instituiu o prémio, em comunicado.
“Sem prejuízo da qualidade reconhecida a vários outros intérpretes de exceção, considera o júri que a qualidade ímpar da voz de Gisela João, cheia e profunda, a afinação imaculada em todos os registos, a naturalidade, sem qualquer esforço, com que interpreta, quer os temas mais ágeis quer os mais líricos”, escreve o júri, referindo-se à genuinidade da cantora, numa citação feita pela câmara da Amadora.
Gisela João atua, a partir das 21h30, acompanhada pelos músicos Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, Tiago Oliveira, na viola e Jorge Carreiro, no baixo.
O júri – constituído pelo vereador da Cultura da Amadora, António Moreira, a pianista Olga Prats, o músico Sérgio Azevedo e a Chefe da Divisão de Intervenção Cultural, Vanda Santos -, considerou que o álbum “Gisela João”, produzido por Frederico Pereira, é o “culminar de toda uma excelente série de discos e novas vozes que têm aparecido no fado na última década”.
O álbum de Gisela João, editado pela Valentim de Carvalho, é composto por temas do repertório de Amália Rodrigues, falecida em 1999, como “Sei finalmente”, e de outras intérpretes como “Sou tua”, de Flora Pereira, ou “Voltaste”, gravado por Florência, ao lado de inéditos como “Vieste do fim do mundo”, e foi considerado no ano passado, pela revista “Blitz”, como um dos álbuns do ano.
O Prémio José Afonso foi instituído em 1988 e é atribuído anualmente, tendo em conta um álbum “cujos temas tenham como referência a Cultura e a História Portuguesas”, segundo a câmara da Amadora
Fausto, Vitorino, Dulce Pontes, Filipa Pais, Gaiteiros de Lisboa, Deolinda, António Pinho Vargas e Sérgio Godinho são alguns dos nomes que já receberam Prémio José Afonso.