A noite de sábado foi de confissões no reality show da TVI, mas foi a história partilhada por Marta Cruz que mais emocionou os habitantes da Venda do Pinheiro.
Com todos os concorrentes à volta de uma fogueira, a ex-manequim falou da detenção do pai, por pedofilia, e como a sua vida deu uma reviravolta a partir de fevereiro de 2003. “Estava no Norte, não tinha filhos ainda, quando soube que o meu pai tinha sido detido pelos motivos que todos aqui sabem, a partir daí a minha começou a cair. Entreguei-me ao álcool”, começou por contar, já com e voz embargada pelas lágrimas.
“Não conseguia trabalhar, não conseguia fazer nada. Foi uma dor ver o meu pai preso e por ser a injustiça que é. Por isso, vivi momentos baixos. Pensei sinceramente que a morte estava perto, porque não conseguia parar de beber”, continuou, enquanto os colegas ouviam atentamente o seu relato, visivelmente emocionados com as confissões da filha de Carlos Cruz.
Quando o pai saiu da prisão, após a primeira detenção, a ex-manequim decidiu ir para terras de Vera Cruz “para fugir de tudo”. “No Brasil engravidei, não foi planeado, mas acredito que a Yasmin tenha sido a minha salvação, pois foi quando soube que estava grávida que parei de beber e parei de fazer tudo o que fazia. O nascimento dela foi o que me fez olhar a vida de outra forma e foi a Yasmin que deu esperança à minha família. Se não fosse ela não sei onde estaria. Por isso agradeço a Deus por me ter dado a minha filha, para poder estar hoje aqui com vocês”, disse, já sem conter as lágrimas.
A filha de Carlos Cruz revelou ainda que a gravidez da segunda filha, Kyara, fruto do relacionamento com o jogador de futebol de praia Madjer, também não foi planeada. “É pelas minhas filhas e dou graças a Deus por ter sido mãe. Morro de saudades delas, dos meus pais e dos meus irmãos. Agradeço a Deus por nos ter mantido unidos durante estes 13 anos de luta”, terminou, sendo aplaudida pelos concorrentes, que a abraçaram e acarinharam.