“Gare du Nord”, filme da realizadora francesa Claire Simon, abrirá na quinta-feira o festival IndieLisboa. A par da exibição de “Gare du Nord”, descrito como uma “docu-ficção”, Claire Simon estará na próxima semana em Lisboa para uma retrospetiva de seis filmes, na secção “Herói Independente”, que tinha sido interrompida, noticia a “Lusa”.
Nesta 11ª. edição, o IndieLisboa Lisboa assinalará ainda os dez anos do IndieJúnior, com programação a pensar nos mais novos e uma festa no dia 27, e os 40 anos da Revolução de Abril.
A efeméride histórica é assinalada na sexta-feira com a exibição da comédia “As ondas de abril” (“Les grandes ondes à l’ouest”), de Lionel Baier, sobre dois jornalistas suíços em reportagem em Portugal e que são apanhados na revolução.
Sexta-feira acontecerá ainda a estreia do documentário “Mudar de vida”, de Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiro, sobre a vida e obra do músico José Mário Branco, e a exibição da curta-metragem “A caça-revoluções”, de Margarida Rêgo.
A temática da revolução é abordada ainda em “Outra forma de luta”, de João Pinto Nogueira, a partir de 13 perguntas que o escritor Nuno Bragança fez ao político Carlos Antunes.
Este ano, a direção do IndieLisboa recebeu cerca de 4.000 filmes, tendo selecionado 226, dos quais 44 são portugueses, assinalando-se um aumento de coproduções com outros países, sobretudo no que toca às curtas-metragens, consequência da saída do país de muitos jovens realizadores portugueses.
A competição nacional apresentará 17 curtas-metragens e quatro longas-metragens: “Alentejo, Alentejo”, de Sérgio Tréfaut, “O novo testamento de Jesus Cristo segundo João”, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, “Revolução industrial”, de Tiago Hespanha e Frederico Lobo, e “Tales of Blindness”, de Cláudia Alves.
Das 17 curtas a concurso, há várias coproduções estrangeiras e dois filmes já selecionados para Cannes: “A caça-revoluções”, de Margarida Rêgo (Portugal/Reino Unido), e “Boa noite Cinderela”, de Carlos Conceição.
Da produção estrangeira, assinala-se a escolha de filmes de Xavier Dolan (“Tom à la ferme”, que encerrará o IndieLisboa), de Tsai Ming-liang (“Journey to the west”), de Johnnie To (“Blind detective”), Catherine Breillat (“Abus de faiblesse”) e Júlio Bressane (“Educação sentimental”).
Em parceria com o Museu do Chiado, a Fundação Calouste Gulbenkian e as galerias Zé dos Bois e Graça Brandão, o festival terá uma programação de filmes e vídeos em formato instalação.
O IndieLisboa 2014, que terá sessões no São Jorge, Culturgest, Cinema City Campo Pequeno e Cinemateca Portuguesa, termina a 4 de maio.